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sábado, 16 de julho de 2011

UM SONHO QUE SE PARTIU

UM SONHO QUE SE PARTIU

Quando dei baixa do exército, tinha planos de preitear serviços no Canal de Suez. Naquela época, quem ia para lá voltava rico. Eu e meu amigo Ari Tártare, do Verê, que serviu comigo, combinamos e fomos nos apresentar no Quartel General de Curitiba.
Chegando lá, após uma série de entrevistas, fomos recebidos por um coronel, que olhando nossos exames físicos e psicológicos constatou que não estávamos com o peso ideal para sermos convocados. Tínhamos que engordar alguns quilos. Um nutricionista nos deu uma tabela de regime e o coronel nos ordenou que voltássemos no próximo ano. Pois o acordo com o Governo Federal e o Canal de Suez, era que todos os anos iriam ser mandadas tropas brasileiras para o canal, substituindo as que lá estavam.
Voltamos para casa e começamos o regime para aumentar o peso. Gastava todo o meu salário em alimentação, mas depois de um ano havíamos alcançado o peso estabelecido. Chegando o prazo para voltarmos, eu e o Luiz fomos para Curitiba, nos apresentamos, pois o prazo para o envio das novas tropas estava se esgotando. Mas ao chegarmos ao quartel, fomos informados que o Governo Federal havia dispensado o 3° exército ao qual pertencíamos e somente o 5° exército ia se alistar para ir para o Canal de Suez. Fomos informados também de que era para continuarmos o regime para o aumento de peso e voltar novamente no próximo ano que seria a nossa vez de se alistar. Voltamos desanimados, porém com o compromisso de voltar, os nossos nomes continuavam na lista de voluntários.
Quando se aproximou a época de irmos novamente a Curitiba, ouvimos pelo rádio que um soldado brasileiro havia morri do no mar, vítima de um ataque terrorista e o Governo brasileiro ofendido com a falta de segurança para com nossos soldados rompeu o acordo com o Canal de Suez e depois daquele incidente nunca mais enviou soldados para lá. E o nosso sonho de ir para o Canal de Suez, para ganhar dinheiro e ganhar o mundo foi por água abaixo.

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