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sábado, 16 de julho de 2011

FALANDO COM A SERINGUEIRA

FALANDO COM A SERINGUEIRA

Um destes dias, observando e escutando o cair das folhas de uma velha seringueira atrevi-me a escutar a minha alma, nunca fiz nada semelhante anteriormente, mas talvez tenha chegado o momento de ouvir o que a Natureza tem para dizer. Na região de Salto Osório bem na frente do Hotel, Salto Osório, existe uma enorme seringueira, já com seus sessenta anos. Me admirado postei na sua frente. O sol queimava, eu cansado de tanto andar buscando inspiração para escrever os meus livros, resolvi conversar com a velha seringueira.
Contava-me a velha seringueira a força e persistência de uma mãe, Ai está Os mistérios que a Natureza nos reserva. Um nascimento, um despertar, um acordar para a vida! Um exemplo de coragem, um amor maternal movido pelo instinto animal. Sem que o homem desses de conta, pois somos distraídos pelas belezas da natureza, algo maravilhoso aconteceu. Uma mãe deu à luz na sombra da bondosa seringueira! Deu à luz a uma graciosa
CUTINHA. Parecia impossível aos olhos do homem! De onde surgiu? Quando? Como passou despercebido este acontecimento por um lado até que foi bom, se o homem notasse possivelmente atiraria uma pedra, se acertasse levaria para casa saboreando até os suas ultimas articulações? Dizia-me essa seringueira claramente o meu íntimo interpretava: O homem não sabe ler os sinais que a Natureza nos oferece. Não ouve o sussurrar da minha voz que lhe tentava despertar os sentidos. Por muitas vezes a velha seringueira tentou dizer: Pára, observe? Ouve? Abre a tua mente? Mas o homem seguia num emaranhado de tarefas, sem notar que algo de maravilhoso estava para acontecer, em sua sombra protegida elos ramos folhoso um animalzinho irracional dava luz a um filhote. Até que chegou o momento! E aquela pequena semente que germinava há já Contava-me a força e persistência de uma mãe… Ai… Os mistérios que a Natureza nos reserva. muito tempo no ventre de sua mãe decide dizer olá ao mundo, e o homem como sempre não queria acreditar!
Dizia-me essa seringueira que há muito ansiava poder conversar com alguém… no entanto, tantas pessoas por ali passaram, tantas debaixo da sua frondosa copa se abrigaram do sol… Dizia-me ela entristecida: “Muitas vezes me perguntei, seriam Homens e Mulheres? Como é possível o vínculo que um dia uniu o homem e a Natureza se ter quebrado, até as crianças deixaram de ouvir a voz da Natureza… Será que um dia vamos conseguir voltar a vincular o Homem e a Natureza?” Bem, A graciosa paquinha tem já três semanas, e todos os dias eu penso neste exemplo de vontade, uma cria que superou tantas dificuldades no ventre de sua mãe, e que hoje corre brincando e desafiando o mundo a superar a crise que se apoderou dele, Decidi chamar-lhe Esperança! Esta pequena, mas não menos importante conversa que tive com esta seringueira, despertou-me os sentidos, e desde então tenho observado mais atento, o mundo que me rodeia. No fundo do meu quintal vejo todos os dias muitas pacas correndo saracoteando aproveitando as sementes e vegetais que lhes dão o sustento sem agredir a natureza, ela sabe nós nem tanto, pois precisamos de exemplos, e é com as pequenas lições da Natureza que devemos aprender.
Escritor: Antonio Monteiro

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