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sábado, 16 de julho de 2011

AS LEMBRANÇAS DOVELHO TONICO

AS LEMBRANÇAS DOVELHO TONICO

Esta historia é real, baseado em fato real, vale apena ler.
Conheci-o já centenário O velho sábio Tonico. Pelas informações dos andantes, vizinhos, e demais conhecidos, o “velho Tonico” com que era tratado por todos tinha pra mais de cem anos de idade, seguramente, e vivia na beira do Rio Uruguai há muito tempo. Mais tarde pude comprovar que era filho de Ingleses, muita semelhança com a família Dáveis vindo da Inglaterra Personalidade forte, figura centenária.
Era de estatura pequen Teófilo um amigo meu em uma das visitas na região de Tucunduvas no RS. Encontrou um sábio centenário com a cuia de chimarrão nas trêmulas e enrugadas mãos. Em uma das visitas, eu e o amigo, encontramos Tonico Sentado em um banquinho feito de cedro cavado com incho. Nhô Tonico se encontrava no momento de nossa chegada, encostado na parede de madeira quase empobrecida no velho histórico casebre, coberto de tabuinhas lascadas. O rancho já desgastado pelo tempo parecia que não agüentava mais um sopro dos ventos, que freqüentemente rasgava as altas florestas embocando em corredores descampado da região. Na cabeça, um chapéu trançado de palha de trigo, desgastado pelo tempo e pelo uso, feito com carinho pela suas próprias mãos. Na orelha um resto de cigarro de palha e fumo de corda, feito com muito capricho pelas mãos do caboclo pioneiro. O tempo, a dor, O amor, A miséria não lhe tirava a alegria de seu rosto. Nos pés um par de tamancos de couro de boi, com as unhas expostas para fora do calçado, que, ás vezes, era aparado pelo canivete que usava para cortar o fumo e o desquartamento de alguma caça encontrada no imenso sertão. Vestia uma calça de riscado e uma camisa xadrez. Ao seu encosto uma bengala de cipó torcido, que se utilizava para afastar alguns animais peçonhento que insistia em querer lhe picar.
Bengala companheira inseparável usava freqüentemente para locomover-se também do interior do casebre até o terreiro quando se refrescava nas sombras das vergamoteiras, e de volta para o minúsculo quarto, donde as noites deviam parecer intermináveis. Harmoniosamente nessa rotina que já havia se tornado atividade principal da vida deles. Muito simpático e Cortez o caboclo que sabia receber muito bem dando um pouco que possuía. O ancião era gente de nossa terra remanescentes da revolta de 32. Oriundo das Colonhas velha do Rio Grande do Sul, não lembrava mais em que ano, mas contava com um grande entusiasmo que quando aqui chegara o “ouro verde” (pinheiro nativo) era tanto e a quantidade de animais ferozes e peixes também era tamanha que a região toda foi denominada pelos pioneiros como sertão dos castelhano e das missões, atraídos pelas esta riqueza, imaginava-se não ter fim? A fartura e o convívio com
a natureza eram tamanhos que mais parecia o Jardim do Édem nos tempos de Adão e Eva.
Habituei-me comentava o Sr. Teófilo a visitá-lo com freqüência em seu rancho. Descobri que presenteá-lo com um aperto de mão proporcionava-me duas satisfações: primeiro, a alegria de viver, segundo, a certeza do reconhecimento das nossas pessoa. O Velho Sábio Tinha muita dificuldade em reconhecer quem quer que fosse a visão e a audição estavam bastante enfraquecida, mas nós para ele tornávamos-mos, inconfundível. Era para ele bom amigo. Tonico mergulhava nas lembranças. Problemas algum para nós que registravas-mos com interesse histórico os detalhes tão bem lembrado por ele. Das suas tudo se aproveitava. Pouco tempo antes de sua morte, sem pretensão, percebi que herdara daquele caboclo matreiro e analfabeto uma lição de sabedoria que não se aprende em nenhuma faculdade, só mesmo na frequentadíssima escola da vida, E nessa, diga-se de passagem, não há férias. Quanta bravura naquela vida semi-selvagem que teve o bom veterano do sertão da fronteira Argentina e Brasil, o tropeiro, o caçador, o ervateiro, o criador de porcos solto, enfim, o pioneiro gaucho o guerreiro e missioneiro que veio lá da Inglaterra, escondido no porão de um navio cargueiro sempre de bom humor, ele repetia sempre que tinha saído de uma família maravilhosa. Em determinado tempo que não lembro quando foi soube que o velho Tonico falecera e eu fiquei aborrecido. Quando eu estou escrevendo uma nova história, coloco-me numa posição confortável, Fecho os olhos e concentro-me na respiração. Com o corpo relaxado, consigo transportar-me mentalmente para o casebre onde me encontrava com o meu velho amigo Tonico e, sentado de frente com o bom velhinho, ouço novamente ele contar a mesma historia de sempre. Para os meus ouvidos, a historia que o velho contava soava como fosse uma poesia bem declamada. Ele sorridente quando me via e balbuciava algumas frases desconexas. Mas eu sabia entender sem muito esforço tudo o que ele queria contar. Venha amigo leitor, tente entender você também,
a historia é linda, é interessante, é triste. O Velho Tonico com a sua voz rouca assim falava:
Era tanto pinheiro, meu fio, Barbaridade? Lá encima, nas copas dos pinheiros, moravam os papagaios os passarinhos enfeites vivos das árvores. O Velho Sábio Nhô Tonico nos contou que ele e sua esposa passaram a maior parte de suas vidas no sertão, não existia rádio vitrola e nem televisão. Não ouvia e nem via guerras, a não ser a de 1932 que da qual ele foi convocado na marra se recusassem em acompanhar os revoltoso da Coluna Prestes ele morreria de uma forma violenta e cruel, morreria co certeza. Após este grande levante não houve mais tragédia e nem ladrão. O que mais ouvia era o cantar dos passarinhos, dos grilos,dos sapos, corujas, dos galos que cantavam nas belas noites. Sendo inverno ou verão ao amanhecer, sua esposa com suas canções alegrava o ambiente, canções que se ouviam,com muito atento canções religiosas, ou não, não importava ela cantava.Dai eu entusiasmado lhe perguntei, existia música? Ha existia sim. Que saudade? O sábio Velho entre um suspiro e outro narrava a sua história, até mesmo arriscava em cantar lembrando docilmente de sua companheira que partiu para morar com Deus. Que saudade do cheiro do café feito por ela no fogão de lenha, do bolo de milho que tão bem ela fazia, aipim, pirão de feijão, galinha ensopada. Leite de vaca à vontade, roupa no varal, água da fonte, boi berrando, sol ardente ou geada esparramada pelo pasto até mesmo os ventos fortes e temporais que mais temia, hoje sinto saudade. Que saudade? Saudade dos domingos e das festas do padroeiro de Santo Antonio, da minha velha bombacha, cheia de remendos, de todo o tamanho e cores, verde vermelho, azul, era tanto que até posso comparar com uma colcha de retalho que a minha esposa costurou, que saudade dela e que Deu o Tenha, velha colcha de retalho que até hoje me aquece, bombacha de muitas historias e tem muito haver com o Brizola e o PTB. Descia e subia os morros, as nossas crianças soadas, descalços, íamos a festas ou mesmo o terço de domingo sem cansaço, filhos que foram tantos onde vocês estão? Quero notícias de vocês, eu não quero morrer sem dar a triste notícia, que a tua mãe a 20 anos atrás partiu para outra eternidade. Que saudade dos bailões com luz de lampião, moça de um lado rapazes do outro lado. Alem das pilcha misturada com costumes dos castelhanos de fronteira, ainda usava-se terno e gravata e no cabelo, brilhantina. Moças virgens com seus vestidos rodados e pó de arroz na face descasada ou mal falada eram descartados, era assim que funcionava o sertão este era o costume da tradição sertaneja.
Os animais silvestres alimentavam-se com os pinhões em abundância. Tinha tanta onça, tigre cobra... Barbaridade? Sabe fio, era preciso desbravar o Sertão farto. Era preciso derrubar o ouro verde para poder trabalhar a terra. Foi tudo muito rápido, não sabe? O homem armado com facão afiado, machado, serrote, foi chegando e entrando na mata sem pedir licença pra ninguém, Foi montando serraria pra todo lado. Em pouco tempo o sertão tornou-se um enorme fábrica de madeira serrada. Corajoso, o homem foi entrando na mata sempre mais e mais. Foi derrubando e queimando árvores sem dó, matando animais e gente também? Quanta matança, meu Deus di céu! Era tanta gente cortando sem controle nenhum. De repente o boi que arrastava pinheiro descascado foi substituído pelo trator e o serrote manual pelo motosserra. O homem vibrou, pois estava vencendo a mata. Eia? As frotas de caminhões aumentavam a cada dia e cada vez mais possantes. Era tanta fartura que se aproveitava só a parte nobre da madeira, o resto o fogo consumia. Uma verdadeira festa a competição do homem contra a mata. Que luta feroz, meu “fio”. Assim passaram algumas décadas; Quanto mais gente vinha, menos pinheiros nestas bandas. A construção das primeiras casas, escolas, igrejas,não foi de madeira não, foi de tijolos. A terra estava quase toda limpa, destocada. A fera animal há muito não existia mais, foi a primeira a desaparecer. As serrarias ficaram sós na lembrança. A mata acabara a madeira nobre de pinho acabaram em poucos anos. Sabe fio, o homem enganara-se, pois o sertão maravilhosos cheio de substâncias que da qual Deus construiu o homem tinha fim, sim sinhô. Ahh!!! Ahh!! Há!!.
Meu velho Tonico, que saudade! Hoje tudo é passado, só resta à lembrança e a saudade... Ma aqui entre nós, meu velho amigo você na sepultura e eu debruçado emudecendo com lágrimas o cimento que reveste o teu espaço fúnebre. Onde tu dormes mestre, porem temporariamente, pois Jesus um dia voltará e você será julgado merecido mente, com toda a certeza ganharás de volta o Teu Jardim do Édem, só que será para sempre. Meu Mestre? Eu tenho um segredo para te revelar, amigão, preste bem atenção escrevi a tua historia!!! E essa... Não morrerá jamais!
Historiador: Antonio Monteiro Da Silva


A HISTORIA DA CIDADE DE CAMAPUÃ

FAMILIA VALCANAIA

Em meados de 1992 eu e a minha família residíamos em Camapuã, trabalhavas - mos com o fazendeiro Nelson Valcanaia dono da fazenda Angico. Daqui do Paraná onde residimos atualmente, envio os nossos abraços a essa família maravilhosa. Para ilustrar e enriquecer o meu blog aproveito esse espaço para contar um pouco da historia desta histórica cidade, que encontrei registrada nas paginas da internet.
Em meados de 1992 eu e a minha família residíamos em Camapuã, trabalhavas - mos com o fazendeiro Nelson Valcanaia dono da fazenda Angico. Daqui do Paraná onde residimos atualmente, envio os nossos abraços a essa família maravilhosa. Para ilustrar e enriquecer o meu blog aproveito esse espaço para contar um pouco da historia desta histórica cidade, que encontrei registrada nas paginas da internet.

Em 1593, jesuítas espanhóis, procedentes de Guairá, subiram os Rios Paraná e Pardo e se estabeleceram, com uma Redução, à margem esquerda do Ribeirão Camapuã, a três quilômetros da atual Cidade.
Por volta de 1630, bandeirantes paulistas destruíram a Redução, transformando o local num simples pouso daqueles que demandavam às minas de ouro de Cuiabá. Arrefecida a febre de ouro e cessada a penetração das bandeiras, a localidade caiu em completo abandono. Só no início do século XX começou efetivo, quando , em 1921, o Governo do Estado autorizou a reserva ou desapropriação de 3600 hectares para a formação do patrimônio de Camapuã, no Município de Coxim. Em 1924, foi erguida a primeira casa, onde hoje se localiza a Cidade, por João da Motta, que iniciou, também, a construção de uma igreja, visando a
transformar a localidade em um grande núcleo populacional.
Vindo a falecer, sua obra foi concretizada com a chegada de vários fazendeiros, entre eles Tibúrcio Dias, Firmino Borges, Lázaro Caiana, Francisco Gonçalves Rodrigues e Alaor Gonçalves Rodrigues, que instalaram suas fazendas de gado. O topônimo Camapuã é de origem tupi-guarani, com o significado consagrado pela tradição como seios erguidos ou, ainda, peitos redondos, dada a topografia de dois morros da região. Formação Administrativa Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o Distrito de Camapuã figura no Município de Coxim. Pelo Decreto-Lei Estadual nº 208, de 26-10-1938, o Município de Coxim passou a denominar-se Herculânia. No quadro fixado para vigorar no período 1944/1948, o Distrito de Camapuã figura no Município de Herculânia. Elevado à categoria de município com a denominação de Camapuã, por Lei nº 134, de 30-09-1948. Desmembrado de Herculânia (ex-Coxim). Sede no antigo Distrito de Camapuã. Constituído do Distrito Sede. Instalado em 01-01-1949.
Por Lei Estadual nº 680, de 11-12-1953, é criado o Distrito de Ponte Vermelha , incorporado ao Município de Camapuã. Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 2
Distritos: Camapuã e Ponte Vermelha. Pela Lei Estadual nº 2073, de 14-12-1963, é criado o Distrito de Areado e incorporado ao Município de Camapuã. Pela Lei Estadual nº 2087, de 14-12-1963, é criado o Distrito de Figueirão e incorporado ao Município de Camapuã. Por Lei Estadual nº 2132, de 21-01-1964, é criado o Distrito de Costa Rica e incorporado ao Município de camapuã. Por Lei Estadual nº 3784, de 30-09-1976, é criado o Distrito de São Gabriel do Oeste e incorporado ao Município de Camapuã.
Em divisão territorial datada de 1-I-1979, o município é constituído de 6 Distritos: Camapuã, Ponte Vermelha, Figuerão, Areado, Costa Rica e São Gabriel do Oeste. Por Lei Estadual nº 76, de 12-05-1980, desmembra do Município de Camapuã o Distrito de Costa Rica. Elevado à categoria de município.
Pela Lei Estadual nº 74, de 12-05-1980, desmembra do Município de Camapuã o Distrito de São Gabriel do Oeste, Areado e Ponte Vermelha para formar o novo Município de São Gabriel do Oeste.
Em divisão territorial datada de 15-VII-1997, o município é constituído de 3 Distritos: Camapuã, Figueirão e Pontinha do Cocho. Assim permanecendo em divisão territorial datada 15-VII-1999.
Gentílico: camapuense ou camapuano
Fonte: Biblioteca IBGE

Antonio Mon

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