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sábado, 16 de julho de 2011

AI, QUE DOR DE BARRIGA DE FOME:

AI, QUE DOR DE BARRIGA DE FOME:

- Recadinho não agüentou o cheiro bom do pão e falou:
Pai eu sei que o senhor não tem dinheiro, eu queria tanto um pedacinho desse pão que esta cheirando?
O pai, Agenor, sem ter um tostão no bolso, caminhando desde muito cedo em busca de um trabalho, olha com os olhos marejados para o filho e pede mais um pouco de paciência... Ele tinha esperança de logo ali encontrar alguém que precisasse do seu serviço.
- Mas pai, desde ontem não comemos nada, eu to com muita fome, pai!!! Envergonhado, triste e humilhado em seu coração de pai, Agenor pede para o filho aguardar na calçada enquanto entra na padaria a sua frente...Ao entrar dirige-se a um homem que se encontrava no outro lado do balcão:
- Meu senhor estou com meu filho de apenas seis anos ali na porta, com muita fome, não tenho nenhum tostão, pois sai cedo para buscar um emprego e nada encontrei, eu lhe peço que em nome de Jesus me forneça um pão para que eu possa matar a fome desse menino, até as lombrigas estão revoltadas eu tenho medo que ele adoeça, em troca posso varrer o chão de seu estabelecimento, lavar os pratos e copos, ou outro serviço que o senhor precisar!!!
Amaro, o dono da padaria não conhecia bem aquele homem de semblante calmo e sofrido, pedir comida em troca de trabalho? Amaro pede para que ele chame o filho...
Agenor pega o filho pela mão e apresenta-o a Amaro, que imediatamente pede que os dois sentem-se junto a mesa do recinto, onde manda servir dois pratos de comida do famoso PF (Prato Feito) - arroz, feijão, bife e salada...e doi pães.
Para Recadinho era um sonho, comer após tantas horas sem colocar nada no estômago...
Para Agenor, mesmo satisfeito com aquela atitude, uma dor sentia no coração uma dor a mais, já que comer aquela comida maravilhosa fazia-o lembrar-se da esposa a muito tempo doente sofrida por uma terrível depressão pós parto, e mais dois filhos que ficaram em casa apenas com um punhado de fubá esperando a hora de se transformar em uma gostosa polenta.
Grossas lágrimas desciam dos seus olhos já na primeira garfada...
A satisfação de ver seu filho devorando aquele prato simples como se fosse um manjar dos deuses, como dizia a minha querida madrinha ao fazer os seus deliciosos pratos italiano, a lembrança de Agenor com a sua pequena família em casa, foi demais para seu coração tão cansado de mais de 2 anos de desemprego, luz, água e aluguel tudo atrasado, humilhações e necessidades, pois a maior parte do meu tempo me ocupo em cuidar dela e dos meus filhos. De tanta força de vontade, fé e oração ela agora teve uma grande melhora, por essa razão me animei em procurar um emprego que me de instabilidade para dar a minha família o real atendimento que eles merecem.
Amaro se aproxima de Agenor e percebendo a sua emoção, brinca com a senhora Maria sua cozinheira, só para relaxar:- Ô Maria!!! Sua comida deve estar muito ruim... Olha o meu amigo está até chorando de tristeza desse bife, será que é sola de sapato?!?!
Imediatamente, Agenor sorri e diz que nunca comeu comida tão apetitosa, e que agradecia a Deus e a todos desta padaria por ter me dado esse prazer...
Amaro pede então que ele sossegue seu coração, que almoçasse em paz e depois conversariam sobre trabalho...Mais confiante, Agenor enxuga as lágrimas e começa a almoçar, já que sua fome já estava grudando as tripas nas costas diz um ditado popular...
Após o almoço, Amaro convida Agenor para uma conversa nos fundos da padaria, onde havia um pequeno escritório...Agenor conta então que há mais de 2 anos havia perdido o emprego por motivo de muitas faltas pois as doenças na família lhe exigia a sua companhia, e desde então, sem uma especialidade profissional, sem estudos, ele estava vivendo de pequenos 'biscates aqui e acolá', mas que há 2 meses não recebia nada...o lugar que ele morava era uma cidade pequena e as pessoas estavam economizando,os próprios proprietários realizavam os pequenos consertos.
Amaro resolve então contratar Agenor para serviços gerais na padaria, e penalizado, faz para o homem uma cesta básica com alimentos para pelo menos 15 dias...
Agenor com lágrimas nos olhos agradece a confiança daquele homem e marca para o dia seguinte seu início no trabalho...Ao chegar em casa com toda aquela 'fartura', Agenor é um novo homem sentia esperanças, sentia que sua vida iria tomar novo impulso...seus filhos e esposa fizeram uma grande festa ao saborear aqueles alimentos que o bondoso homem tinha dado.
Deus estava lhe abrindo mais do que uma porta, era toda as janelas, uma esperança de dias melhores...
No dia seguinte, às 5 da manhã, Agenor estava na porta da padaria ansioso para iniciar seu novo trabalho...
Amaro chega logo em seguida e sorri para aquele homem que nem ele sabia porque estava ajudando...muitos por ali passaram com problemas quase idênticos mas não tinha lhe comovido tanto.
Tinham a mesma idade, 32 anos, e histórias diferentes, mas algo dentro dele
chamava-o para ajudar aquela pessoa...
E, ele não se enganou - Durante um ano, Agenor foi o mais dedicado trabalhador daquele estabelecimento, aprendia com facilidade tudo o que fazia na padaria e tinha muita habilidade para atender os fregueses, o movimento do estabelecimento aumentou 100% por centro, sempre honesto e extremamente zeloso com seus deveres...Não Era alcoólatra, não fumava não tinha vicio que pudesse lhe desabonar, muito honesto, otimista porem realista.
Um dia, Amaro chama Agenor para uma conversa e fala da escola que abriu vagas para a alfabetização o antigo MOBRAL um quarteirão acima da padaria, e que ele fazia questão que Agenor fosse estudar... Não foi fácil convencer o Agenor ele achava muito difícil aprender a ler e a escrever, só ele mesmo sabia o quanto lhe fazia falta o estudo. Agenor concordou mais para agradar o seu patrão e amigo.
Agenor nunca esqueceu seu primeiro dia de aula: a mão trêmula nas primeiras letras e a emoção da primeira carta para seu amigo agradecendo o apoio.
Doze anos se passam desde aquele primeiro dia de aula... Doze anos de muita dedicação e força de vontade para estudar, nunca faltou uma mão amorosa para lhe ajudar a continuar os estudos, pedia para Deus todos os dias a sua benção, pois ele pretendia no futuro ajudar os necessitados assim como ele foi ajudado.Vamos encontrar o comerciante proprietário Agenor Baptista de Medeiros, dono de uma grande panificadora no dia em que inaugurava uma filial em um bairro pobre da cidade, onde os pães eram comercializados pelo preço de custo para as pessoas carentes, tinha até mesmo um cadastro feito por ele de quem realmente necessitavam daquele produto, e a cada fim de semana distribuía pães de graça para a população do bairro.
Ao meio dia ele desce para um café na padaria do amigo Amaro, que fica impressionado em ver o antigo funcionário tão bem sucedido concorrendo com ele no meio empresarial.
Mais dez anos se passam, e agora o confeiteiro , padeiro e nutricionista recém graduado Agenor Baptista, já com uma clientela que mistura os mais necessitados que não podem pagar, e os mais abastados que o pagam muito bem, resolve criar uma Instituição que oferece aos desvalidos da sorte, que andam pelas ruas, pessoas desempregadas e carentes de todos os tipos, um prato de comida diariamente na hora do almoço.
Naquele lugar que e administrado pelo seu filho, agora nutricionista também Ricardo Baptista...
Tudo mudou tudo passou, mas a amizade daqueles dois homens, Amaro e Agenor impressionavam a todos que conheceram um pouco da historia de cada um. Os amigos já não vivem mais a esse mundo partiram estão morando em outros espaços felizes com o dever comprido, mostraram por que vieram a esse mundo, deixaram uma boa historia digna de ser copiado por outros.
Recadinho o filho mandou gravar na frente da casa do caminho, que seu pai fundou com tanto carinho: Um dia eu tive fome, e você me alimentou. Um dia eu estava sem esperança e você me deu um caminho. Um dia acordei sozinho e você me deu Deus, e isso não tem preço. Que Deus habite em seu coração e alimente sua alma. E, que te sobre o pão da misericórdia para atender a quem precisar!!!
Historia verídica:

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