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domingo, 15 de maio de 2011

SUPERTIÇÃO DIABÓLICA

SUPERTIÇÃO DIABÓLICA


Acredito existirem acontecimentos que ocorrem unicamente para ensinar a todos que possam com ele aprender qualquer coisa de útil para suas vidas, razão pela qual me proponho a contar esta história que aconteceu comigo a muitos anos e que sempre me acompanhou, nunca me deixando esquecer coisas que nos são básicas para se viver o dia-a-dia com mais serenidade e sabedoria.
Paulo e Joana eram casados e vivia uma vida sossegada com seus filhos que eram 6, dos quais o mais novo contava 8 meses e o mais velho 16 anos.
Era uma família perfeita, tanto quanto pode ser perfeita uma família, se não eram ricos também não passavam necessidades materiais, já que ambos trabalhavam. Paulo em uma empresa madeireira que funcionou em nosso município por muitos anos; a Solidor. E Joana revendendo perfumes e produtos de beleza para uma empresa de Santa Catarina. Vivia ele com seus filhos em uma casa de propriedade no bairro Altos Recreio, casa esta que ainda existe apesar de já ter se passado mais de 20 anos e de a família já ter ido embora de nossa cidade.
Eu era muito amigo dessa família, e essa amizade ficou ainda mais forte depois que eu ajudei no parto de Joana quando do nascimento de um de seus filhos.
Paulo era um homem extremamente correto, motivo pelo qual era muito, estimado pelos vizinhos a quem não se cansava de ajudar sempre que, fosse necessário, enquanto que Joana tinha seu trabalho, seus filhos e seu marido para cuidar e mesmo assim arrumava sempre um tempinho para cultivar sua amizade com todas as pessoas que cruzavam seu caminho.
O fato é que a querida mulher começou a sentir-se cansada, sem vontade para o trabalho e desanimada para a vida. Tinha muitos pesadelos que não a deixavam dormir direito durante a noite, enquanto seus dias se arrastavam com o peso desses sonhos maus.
Por isso ela foi procurar o médico, várias vezes, sem que o seu problema se resolvesse.
Como era bastante supersticiosa, ao contrário de seu marido que teimava em não acreditar nessas coisas, ela foi procurar uma curandeira que moradora próxima para se consultar.
A mulher que se apresentava como curandeira - era assim que ela queria ser chamada- se dizia capaz de fazer barbaridades dentro se suas funções: era espírita, fazia simpatias para achar perdidos, previa acontecimentos, lia a sorte, arrumava casamentos, enfim, não milagre que ela não operasse dentro de sua área: a superstição.
Joana, uma pessoa impressionável, se deixou envolver e confidenciou à mulher tudo pelo que estava passando, ao que a mesma ouvia com muita atenção antes de dar-lhe o terrível diagnóstico. Sabendo que Joana era bastante suscetível a senhora não teve dificuldade nenhuma em convencê-la de seu horrível estado de saúde.
O fato é que a mesma curandeira estava fazendo um “trabalho”- que é como se costuma chamar esses sortilégios – “trabalho” este que fora encomendado por outra mulher a fim de fazer com que Paulo se apaixonasse por esta outra. Para a curandeira era uma questão de honra realizar o que havia prometido para a tal mulher, além de ser muito compensador financeiramente, já que a cliente tinha muito dinheiro. Mas, o que complicava a história era o fato de que a esposa de Paulo era muito mais bonita que a sua estimada e endinheirada cliente.
Com certeza, a curandeira sentiu-se comodamente instalada na situação em que estava a pobre Joana, para começar a concretizar seu plano diabólico, já que a superstição de Joana a deixava à sua mercê. E pôs-se a “trabalhar”.
Olhou firme e profundamente para dentro dos olhos de Joana e começou a lhe dizer com a voz mais rouca e teatral que podia coisas como o fato de que a pobre mulher estaria possuída e que se não quisesse ir para o inferno deveria seguir suas instruções; instruções que obrigavam Joana a ir para a casa e se entregar à morte encomendando sua alma a Deus, se não quisesse que o Demônio viesse buscar todos os seus filhos e seu marido, caso em que somente ela sobreviveria para sofrer tudo isto e espiar suas culpas que Deus estava castigando dessa maneira. A única solução para o problema, segundo a curandeira era que Joana fosse para casa, se deitasse na cama e esperasse a morte chegar para levá-la, caso em que seu marido e filhos sobreviveriam e seriam felizes.
Joana obviamente ficou arrasada com essa revelação, pois acreditava muito nessas revelações, foi para sua casa e se atirou em sua cama, não mais comendo ou bebendo, desejando realmente morrer para acabar com aquele tormento em sua alma.















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