A BIQUINHA DE LAGOA VERMELHA


Em meados de 1957 deixei a minha querida Lagoa Vermelha para tentar a sorte e o esforço em outras querências desta Pátria querida. Deixei Lagoa Vermelha até hoje me custa acreditar que

deixei aquela cidade que me viu crescer, aquela onde aprendi a jogar futebol, a jogar bolinha de gude, aprendi a ir para a escola a brincar com meus amigos. Ainda hoje me custa pensar que deixei essa cidade que amei, onde tanto brinquei, chorei e ri! Sinto falta das ruas que percorri, dos campos, da brisa do minuano da Lagoa Vermlha, dos rios, do Ar dos Arco-ires multicoloridos, Um arco-íris (também chamado arco-celeste, arco-da-aliança, arco-da-chuva, arco-da-velha) é um fenômeno óptico e meteorológico que separa a luz do sol em pontes, e de tudo o que ali aprendi e envesti nas histórias que registrei nos meus livros e neste blogger, que você esta descobrindo, Há? Lagoa Veremelha qundo o a visito fica o nó na garganta, a lágrima que não consigo conter, fica a saudade daquela cidade que me viu sorrir e amá-la. E acima de tudo a prendi a trabalhar, engraxei sapatos, vendi amendoim torrado na frente do cinema, entregava o Correio do Povo e a Folha esportiva para os assinantes fui vendedor de balas no cinema. O que mais gostei foi quando trabalhei na Farmabir bem pertinho do Hospital que fica ao lado do Ginásio, dois grandes prédio que existe até hoje. Mesmo com pouca idade, já defendia o meu próprio pão, pois só tinha 13 anos quando me despedi de minha cidade, dando adeus a ela, mas olhando para traz sabendo que bem logo estaria de volta para passear e ver meus pais e irmãos, olhando para traz já com saudade das águas frescas e abençoada da biquinha Nossa Senhora da Consoladora, da Rua do Tanque. Biquinha tu és grande fonte de abastecimento de água no município”. Cumpriu, em décadas passadas, um papel social na formação das comunidades próximas a região pois tu existe a mais de 115 anos sempre no mesmo lugar. A minha família se serviu por muito tempo das sagradas águas da biquinha, eu por ser o filho mais velho morando na casa tinha a incubência e isso fazia com muita alegria de todos os dias encher uma barrica com águas desta fonte, e a pedido de minha mãe como agradecimento a este precioso líquido era sagrado fazer o sinal da cruz, respeito ao Monge João Maria, ao chegar e ao sair tinha que se benzer isto é fazer o sinal da cruz e se reverenciar ao Profeta mentalizando a sua existência ainda ali. Apesar de morto a sua alma viva segundo a lenda permanecia protegendo a fonte que ele fez surgir do nada no local desejado aos visitantes, saúde e felicidade a todos que se servisse deste bem precioso. Durante muito tempo para mim aquele lugar era sagrado, e até hoje apesar dos meus quase 70 anos eu tenho um grande respeito por esse lugar. Ema das histórias que eu conto no meu blogger com o título as Luvas de Boxe de São João Maria eu narro um fato impressionante se quiser saber esta história acesse está no Blogger. Cada vez que eu me reporto a Biquinha me vem na memória muitas coisas boas. Quanta vezes me saciou a sede me refrescava quando soado pelo esforço das minhas jogadas de futebol quando vindo do velho Campo das Caveiras. Eu e minha família morávamos a 100 metros da biquinha, quantas histórias meus pais me contavam do Monge João Maria que abençoou estas águas e realizava muitos milagres, um deles foi que esta fonte da biquinha não secasse e mantivesse esse líquido sagrado para toda a eternidade, e isso está acontecendo e vai continuar acontecendo. Meu pai me falou que o seu pai que é o meu avô quando tropeava eram nessa biquinha que dava água as suas mulas. História que eu conto em outro texto neste mesmo blogger, história de “MUITOS CAPOÕES” uma linda e fantástica história vale apena ler. Ó gente da minha terra, que saudades eu tenho de vóz, de encontrar os meus amigos, de passear nas ruas de minha cidade que adotei e que mesmo passando quase 55 anos que daí sai, trago vivo na lembraça as velhas construções, o cine Kacik onde frequentemente aos domigos acistia os seriados do Zorro, do Tarzam, do Capitão Marvel e dos filmes de Faroeste, as comédia do Mazarope do Zé Trindade do Oscarito, do Anquito. O que me consola e não me desanima são a técnologia que me dá condições de ver a minha Lagoa Vermelha pela Internet, saboreio com os olhos as suas imagens na téla, as vezes enferruscada pelas gotas de lágrimas que verte nos meus olhos de tanta vontade de retornar nesta terra. Se eu pudesse escolher onde pretendia morar para esperar o meu dia chegar, seria Lagoa Vermelha, só que não seria um só a voltar ao ceio desta terra tão amada , comigo levaria a minha querida esposa que encontrei no caminho de minha vida, e que substituiu a carência de amor longe de tí hò minha linda cidade, não fica só por isso os meus quatro filhos fruto de um grande amor, se fosse possível também levaria engarupados no mesmo transporte, mesmo se fosse no lombo de mulas, mas o modernismo veio depressa, substituindo o transporte lombar dos animais dando mais conforto e rapidez, é o progresso que veio para juntar aféto no convívio familiar e dos amigos. Feliz deve ser o meu irmão Valdivino Monteiro contador a muitos anos desta cidade e que nunca saiu dela, Valdivino meu irmão querido e meu companheiro de infância, éramos muito amigo e companheiro para tudo, nos separamos para podermos seguir o nosso destino, mas sempre nos conservamos ligados não deixamos de nos comunicar como estaríanos vivendo. Um abraço ao meu irmão Valdivino e a todos os de minha Lagoa Vermelha até um dia se Deus quiser, voltarei a beber água da biquinha da mesma maneira que fizemos a mostragem da foto acima registra esse momento tão especial. Antonio Monteiro da Silva