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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O EXPEDICIONÁRIO E SEU CAPACETE DE AÇO

O EXPEDICIONÁRIO E SEU CAPACETE DE AÇO

De tantas histórias contadas alguma não da para acreditar, essa minha história, é mais uma daquelas difíceis de engolir, mas confesso que é pura verdade, se alguém não acreditar e quer descobri a verdade, ainda há tempo. A historia começa assim: Eu trabalhava em um hospital em Francisco Beltrão no sudoeste do Paraná. Com apenas 17 anos eu já exercia a profissão de enfermeiro leigo, pois naquela época era aceitável exercer a profissão de enfermeiro sem ser formado em curso superior. Nessa ocasião também trabalhava de enfermeira uma menina com apenas 13 anos, tanto eu como ela trabalhava - mos no mesmo andar do hospital, o hospital era composto de três andares, o dono desse estabelecimento de saúde era o Dr. Kit Abdala que ainda exerce a profissão de médico em Francisco Beltrão até o presente momento. Acontece que em certo dia internou no hospital um senhor com uma grave doença, tanto ele como nós da ária da saúde sabíamos que ele ia morrer bem logo pela gravidade de sua doença. Este senhor após uma longa entrevista com o médico diretor do hospital, e tendo acesso aos seus documentos descobrimos que ele lutou na 2º guerra Mundial, integrou na Força Expedicionária Brasileira na luta pela liberdade e pela
democracia. Era um expedicionário sobrevivente de uma guerra sangrenta e sofrida a começar do pavoroso inverno que os pracinhas tiveram que enfrentar em 1944 nos meses que antecederam a tomada do Monte Castelo e que muito poucos soldados voltaram a sua pátria salvo e muito deles alem da medalha de herói no peito trousse os traumas da guerra com seqüelas irreversível alguns vivendo no mais completo abandono na mais cruel miséria. Em uma ocasião ele o expedicionário assim eu lhe chamo porque o seu nome atendendo o seu pedido não queria que fosse revelado, em honra a sua memória devo respeitá-lo. Em uma conversa amigável nos confessou que ele não foi batizado quando criança, ele se encontrava agoniado, pois não queria morrer sem primeiro receber a santa hóstia do sacramento do batismo. O Dr. Kit providenciou um padre para atender o desejo do velho guerreiro. E foi em uma conversa que o ex pracinha revelou ao médico ele desejava que seus padrinhos fosse bem mais velho do

que ele ou bem mais novos, foi ai que eu e a Zelinda ambos enfermeiros em bem mais novos do que ele tivemos a felicidade de batizar este senhor que arriscou a sua vida para defender a sua Pátria lá no outro lado do Oceano. Para nós foi uma grande alegria, e como lembranças daquele ato religiosas ganharam do nosso recém batizado um presente, um capacete de aço que junto com seus pertences de guerra sobrou um espaço em sua mochila, ele usou na guerra aquela relíquia que por muitas ocasiões ricochetou balas que se não tivesse esse capacete com certeza o seu crânio se espatifava pelo menos foi o que ele disse e acredito que foi verdade. Esse capacete me acompanha até hoje, é um material bélico devia esta no Exército, mas esta comigo para mim é um troféu que do qual guardo com muito zelo. Se alguém ao ler esse blog entender que eu não podia ter comigo esse capacete eu me proponho a entregar, só que eu tenho muita estimação por ele, quando olho para esse capacete dependurado na parede de minha casa me traz muitas recordações, eu e Zelinda após termos batizado o velho guerreiro e termos atingido a maior idade e ter também voltado do Exercito nos casamos e somos muito Felizes e o capacete de aço faz parte de nossa historia profissional e conjugal esse capacete de aço contribuiu e muito em nossa união. Onde ele o velho guerreiro estiver com certezas também está feliz por que foi através dele que muitas coisas boas aconteceram, a começar pelo meu interesse de servir o Exército onde também senti o peso e a responsabilidade de conduzir em minha cabeça um capacete de aço nas fileiras do Exercito brasileiro em Francisco Beltrão em 1962.. 
Vou falar um pouco da força Expedicionária para os menos informados tomar conhecimento da importância cívica e heróica de um expedicionário. Força Expedicionária Brasileira, conhecida pela sigla FEB, foi a força militar brasileira de 25.334 homens que lutou ao lado dos Aliados na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. Constituída inicialmente por uma divisão de infantaria, acabou por abranger todas as forças militares brasileiras que participaram do conflito. Adotou como lema "A cobra está fumando", em alusão ao que se dizia à época que era "mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na guerra".Co o desenrolar da 2º guerra, o Brasil, ao posicionar ao lado dos aliados, criou uma força expedicionária a nossa FEB, que combateu ao lado dos americanos no teatro de operações da Itália em 1944 e1945, onde usou o capacete de aço modelo M-1 adotado pelo exército americano em 1841. Este capacete na realidade é composto de dois, sendo um de fibra que se aloja dentro do de aço, podendo usar só o de fibra ou os dois simultaneamente e foi o modelo mais fabricado no mundo até hoje, para se ter uma idéia em 1943 já tinha atingido a marca dos sete milhões e quinhentos mil unidades fabricadas.
Eles foram responsáveis por salvar a vida de muitos combatentes brasileiros, que como exemplo cito o caso do tenente Manoel Genito do Carmo, comandante do 2º pelotão da 7º Cia, do 1ºR, I, durante o ataque ao Monte Castelo, em 12 de dezembro de 1944, cuja narrativa se encontra no livro APOPÉIA DOS APENINOS página 241/243, de autoria de José de Oliveira Ramos e que assim descreve um momento marcante daquela luta onde o capacete é o responsável por salvar a vida do tenente

UMA MENSAGEM

Sim, uma mensagem aos meus companheiros que ainda resistem no tempo. Uma mensagem para aqueles que viram nos céus distantes a esperança de um possível regresso, a mensagem para aqueles que participaram de uma guerra e não a desejavam, mas que foram combatentes no seu modo de ser, de viver, de amar, de sentir e de sofrer. Companheiros, cinqüenta anos são passados. Estamos comemorando nossa volta à Pátria depois do término da Segunda Grande Guerra Mundial, e nela permanecemos por um longo ano. Nós, ex-combatentes que servimos de exemplo à Nação, pelos preceitos democráticos, pela dignidade em receber as homenagens de que somos merecedores ao atendermos o chamado da Pátria. Eis que há cinqüenta anos éramos jovens cheios de vida e de sonhos, como qualquer outro jovem em qualquer época. A pátria nos chamou a atender, partindo para o teatro de operações de guerra, precisamente na Itália para, em conjunto com os Exércitos Aliados, tentarmos consolidar a democracia no mundo conturbado que vivíamos. Partimos e deixamos aqui nossos amores, nossas famílias, nossos amigos, e no espaço de tempo que lá estivemos, houve acertos e também desacertos, mas o certo mesmo é que nós , nos campos de luta, soubemos elevar bem alto o nome de nosso Brasil.Os companheiros que sobreviveram voltara dispostos a recomeçar a vida e o tempo perdido. Entretanto, boa parte dos companheiros que não tiveram a mesma sorte, pois voltaram neuróticos e tornaram-se párias da sociedade, alguns até mesmo mendigando para poderem sobreviver. Outros ainda com menos sorte, ficaram sepultos em solo italiano, até que foram transladados para o Mausoléu do Soldado Desconhecido no Rio de Janeiro, onde repousam para a eternidade. Razão por que, meu companheiro, ou mesmo meu amigo, se um dia for ao Rio de Janeiro, não deixe de visitar o Mausoléu onde repousam para a eternidade os companheiros que deram suas vidas pela Pátria. Entretanto, vá só, não leve ninguém consigo que é para não distrair-se em diálogos inoportunos, porque o lugar é só de preces. E mais do que isso, de recolhimento, unção e respeito. Vá e desça humilde e pequeno, mas contrito sempre, os degraus que o leva para a cripta do Mausoléu e sinta a emoção confrangir-lhe o peito, tomar-lhe a garganta e estreitá-la num ritus incontrolável. E, aos poucos, a cada olhar pelo cenário que ali desponta, haverá lágrimas pedindo para rolarem, e no tabernáculo do soldado desconhecido que não regressou, um silêncio profundo o envolverá. Ouvir-se-á apenas o rumorejar da água que cai do pequeno lago para o plano da tumba eterna. Então, você ouvirá meu companheiro, os passos da sentinela que ali transita na monotonia do quarto de hora, para lá e para cá, e tudo mais é silêncio. O silêncio da Morte, da História, da Pátria, da Vida. Todos e tudo reverenciam a memória que lpa se agasalha, a saudade do brasileiro que a boa terra distante pediu o sacrifício de sua vida. E ele deu. Vá lentamente, sem pressa, passando de urna a urna e leia os nomes que no mármore de Carará foram gravados para a eternidade do tempo. A nostalgia haverá de invadir o seu coração, e aquele silêncio o atordoará, fazendo-o meditar. Meditará sim, no sacrifício daqueles homens desconhecidos que deram, em oblação por aqui que os dedos não sentem os olhos não vêem, mas que no imo palpitam e que se chama dever, também chamado Pátria.Você ouvirá os passos da sentinela e no fundo do seu ser, ecoará uma voz dos ausentes, ali presentes, que gritam o milenar do Sentido Alerta, para que possamos responder: Alerta estamos dos que sabem vigiar e estar atentos.
Você companheiro ouvirá os passos da sentinela, e então, se pegará filosofando sobre a tranqüilidade da sua ingratidão e a ingratidão do seu esquecimento em visitar o Monumento. Será apenas um minuto de silêncio que nunca se apagará de sua memória, se o impulso que o convidou à peregrinação daquele templo de recordações mais do que tristes for o mesmo que marca nos verdadeiros homens, o instante em que eles se agigantaram para a posteridade. Você ouvirá apenas o Cântico das Águas a cair e os passos da sentinela. Caro companheiro ou amigo, faça então uma prece por eles e, a seguir, deixe o relicário eternal e vá redimir-se a conhecer a história dos moços que deixaram a terra e não retornaram.E, enquanto sobe os degraus rumo ao sol, certo de que na penumbra da cripta há mais luz que no átrio do monumento, lembre-se que aqueles homens, tão jovens e tão cheios de vida e ardor pela Pátria, porque sabiam que iam morrer, cantavam esperançosos o estribilho da Canção do Expedicionário:do
Expedicionário Campineiro Salvador Moreno
Antonio Monteiro da Silva


IMPLORO PELA PAZ


A humanidade anseia pela paz mais do que qualquer outra coisa. Por mais incrível que possa parecer dado ao enorme número de guerras e conflitos que ocorreram ao longo de toda a história humana, nenhum sentimento supera a vontade de estar perto das pessoas que são importantes para nós e ter a garantia de
que ninguém aparecerá para praticar maldades.
Mesmo tão ansiada e querida, a paz é algo raro de se obter. E, por ser um item raro, tem um preço alto para muitos. A frase famosa que diz: “Se anseia pela paz; prepara-te para a guerra”. É uma dura realidade que nossa história teima em esfregar constantemente em nossos rostos.
Mesmo assim, pergunte ao mais feroz combatente se ele não anseia pela paz? Pergunte as mães dos soldados que vão para frente de batalha; se elas não anseiam pela paz? Pergunte as esposas e filhos dos milhões que estão em combate, todos imploro pela paz. Nesse momento muitas vidas estão sendo ceifada pela guerra, muita ou milhões neste mundo estão nas mãos de bandidos sendo torturado, massacrados, humilhados, estuprados violentados sem poder fazer nada. Os parentes dariam tudo para estar ao lado do filho, do esposo, do irmão de um parente e porque não de um amigo o mesmo desconhecido, pois todos são irmãos e merece a paz e a felicidade.
Existem pessoas cheias de orgulhos, rancores, inveja, desejos impossíveis de conquistar, sem noções sobre o mundo que aguarda um estante para dar o bote para tirar proveito a seu benefício em nossa volta; tem gente que sempre encontra um motivo “verdadeiro” para odiar nosso semelhante. Seja porque ele é da religião “A” ou da “B”; seja porque ele mora no Brasil ou em outro país Seja porque a cor de sua pele é diferente da nossa ou mesmo porque, simplesmente, “algo” não nos inspira confiança nele.
A paz no mundo inda está muito distante, mas temos que acreditar nos homens do bem e como o bem sempre vence, podemos ter esperança que um dia iremos viver em um mundo onde só existirá paz, alegria e felicidade. A paz no mundo ainda não aconteceu porque em nosso meio existem os mais diferentes tipos humanos; ainda encontramos elementos que se deixam levar pela idiotice do ódio racial, religioso ou de qualquer outra natureza.
Quando o homem evoluir o suficiente para entender que pouco importa se seu semelhante é diferente do que ele, entender que todos são filhos do mesmo Pai, não importa se estamos orando de joelho em um tapete de veludo ou em terra batida, na frente de imagem sagrada ou olhando somente para o alem, o efeito é o mesmo, o que importa é a nossa intenção e a nossa fé. Tanto faz a cor da pele que ele possua, já que somos todos originários do mesmo pai, e que fronteiras são apenas riscos nos mapas sem qualquer importância espiritual.
Quando o grau de sabedoria chegar, não haverá necessidade de descobrir qual a religião que devemos seguir, nem mesmo em que pais são naturais, ou que raça humana pertenceu para Deus o que importa é a nossa fidelidade.
Historiador: Antonio Monteiro da Silva

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