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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Uma imagem misteriosa

Um dia, o Floriano um grande amigo meu, sentindo a depressão atrapalhar o seu convívio pessoal, familiar e social candidatou-se a gerenciar uma casa que de propriedade da Prefeitura de Quedas do Iguaçu construída em uma praia no Litoral paranaense. Tão logo fez a inscrição foi chamado pelo prefeito para tratar de sua ida ao trabalho. Floriano arrumou as malas deixou todos os seus familiares após um acordo e assumiu a gerencia daquela casa de hospedagem a beira mar. Floriano levou consigo todos os medicamentos indicado pelo médico. Floriano estava gostando de seu novo trabalho, só que a maldita depressão não queria sair de suas costas, Dia estava bom, outro dia um pouco melhor e às vezes parecia que estava agravando cada vez mais, com tudo que tomava religiosamente os medicamentos. Quando chegavam as caravanas de pessoas da cidade de Quedas do Iguaçu, a se hospedar temporariamente na casa, Floriano até que se sentia bem, mas quando todos partiam, voltava a tristeza, ele sentia muito medo de estar sozinho, tinha momentos que ele enxergava algo que não existia, visagem como diz os supersticiosos, ilusões criada em sua mente doentia provocada pela depressão, todos sabemos, quem sofre desta doença depressiva, a mente fica mesmo confusa até mesmo vê coisa que não existe. Certo dia o sol ainda brilhava refletindo feixe de luz sobre as água do oceano Atlântico, Floriano resolveu colocar uma bermuda e uma camiseta, coisa que ele não fazia a tempo, normalmente usava calça comprida e camisa social, costume de muito tempo, devido o seu trabalho era comum se vestir assim. Floriano após trocar de roupa se dirigiu a um corredor que dava acesso a outra repartição da casa, onde dava para avistar a beleza do mar. Ao se aproximar do corredor se deparou com um homem segundo as suas próprias palavras, mal encarado vestia uma bermuda e uma camiseta, este homem não tinha uma aparência boa parecia que estava bravo desmostração de seu mau humor se revelava em seus traços bem acentuados na sua face. Este homem de aparência duvidosa parou em sua frente, olhando fixo em seus olhos, por mais que Floriano falava com ele este cidadão não respondia se manterá em silêncio, o que mais amedrontava o Floriano era que parecia que este senhor estava gozando ou brincando com ele, todos os movimentos que o Floriano fazia ele também fazia. Floriano tremia de medo, ele ali naquele casarão sozinho sem uma arma, no segundo andar do prédio e longe de vizinhos, pensou em gritar, pedir socorro, mas nem para isso tinha força. Floriano após vários minutos naquela situação temerosa resolveu tomar uma atitude porem arriscadas, mas era a única saída que ele achou possível, ele não agüentava mais aquela situação. Antes de tomar aquela atitude fez mais uma tentativa para ver se amenizava aquela situação.
Ele falou muito amigavelmente com o desconhecido, mas não teve resposta. Floriano rio e acenou para aquela pessoa estranha que fazia a mesma coisa, exatamente da mesma maneira. Então Floriano pensou: vou me aproximar mais perto dele. Pode ser que ele seja surdo e por isso não me escuta, o mal encarado senhor de bermuda fez o mesmo gesto se aproximou também, Floriano ficou pensando naquele estranho comportamento. Floriano pensou consigo mesmo este velho esta gosando de minha cara, repete tudo o que eu faço. Floriano chegou ao seu limite, se irritou movido por uma forte depressão, fechou as mãos e se preparou para dar-lhe um soco na cara daquele intruso, Floriano observou que aquele homem também estava pronto para lhe atacar. Floriano olhou para um lado como que não queria nada direcionou um forte soco na sua direção focado na altura do queixo, com o intuito de derrubar aquela pessoa com um forte soco lhe tirando o sentido, com esta atitude dava tempo para correr ou amarrar o indivíduo até a polícia chegar. Floriano juntou todas as energias e mandou um forte soco, foi caco de vidro por todos os lados daquela sala, sinal de sangue vertia em sua mão e como isso não chegasse uma fratura no punho da mão direita devido a violência da força. O que Floriano viu foi a sua própria imagem refletida em um grande espelho que havia na parede do corredor da casa. Confuso pela depressão, e com o efeito dos medicamentos que ingeriu a poucos estantes confundiu sua memória fez dessa tamanha confusão que chegou a confundi o irreal para o real. Diante deste fato ele procurou tomar mais atenção nestas ilusões provocada pelo cérebro. Após ter levado este acontecimento a um psicólogo, orientado pelo profissional tudo se normalizou complementando com algumas seções de terapia, dali para frente nunca mais se repetiu esta confusão mesmo porque foi a única de ótica e de ilusões provocada pelo cérebro, fato até certo ponto cômico se não fosse trágico.
Historiador Antonio Monteiro
QUEDAS DO IGUAÇU 19 DE FEVEREIRO 2011

domingo, 13 de fevereiro de 2011

UMA HISTÓRIA REAL E COMOVENTE...! NUNCA DESISTA DE UM SONHO.

HISTÓRIA - PEQUENO PARAISO NA TERRA

Conheci o sentimento da paixão no alto dos meus vinte e um anos, Zelinda a garota que me apaixonei, na época tinha dezoito anos, éramos colega de profissão, trabalhavas-mos em um grande hospital exercíamos a profissão de enfermeiros prático, aprendemos a profissão lidando com os pacientes sobre a orientação do médico e das enfermeiras estas com conhecimentos comprovados.
Após termos trabalhado juntos durante muitos anos, movido pela paixão, resolvemos nos casar, sem enxoval, nada de casa para morar, e sem emprego definido, e para completar sem economia, ou seja, dinheiro no bolso apenas uns trocados restante dos acertos trabalhista
Só Deus sabe o quanto sofremos até estabilizar-mo no trabalho. Antes de nos unir pelo matrimônio civil e religioso, prometi para o meu amor que eu ia dar tudo de mim para fazê-la feliz e dar a ela uma casa parecida com ela, linda confortável, cherosa, sem defeito e que fosse parecido com o Jardim do Éder, ou seja, o jardim que Deus construiu para o primeiro casal de seres humano, Adão e Eva, conversa de adolescentes entusiasmado, não sabe como fazer para agradar sua parceira, movido pela emoçao promete algo até mesmo impossível, e esta foi mais uma das promessa impossível de ser comprida.
O tempo foi passando, vieram os filhos, e o desejo de dar a minha esposa melhor conforto não saia de minha mente, estava difícil de cumprir, sim estava impossível, mas a esperança eu tinha, apesar da grande dificuldade.
Quando a paixão invade o coração da gente os sonhos são normais, faz parte de uma grande declaração de amor, e comigo não foi diferente. Alguns deles até mesmo impossível de se realizar.
Com o salário que ganhávamos-mos seria impossível de realizar o meu sonho mas a esperança nunca me faltou, compramos um lote em longas e suaves prestações, e aos poucochinhos fomos construindo a nossa casa.
Os anos corriam e junto o entusiasmo de um dia realizar o nosso sonho que parecia estar muito a frente de nossas possibilidades. Quando percebemos já havia passado quarenta e cinco anos, me recordo muito bem dos passos a passo de nossa trajetória rumo a casa própria. Nós pagávamos-mos aluguel, dinheiro que nós podíamos economizar se tivéssemos a nossa própria casa. Quando terminamos de pagar o lote, começamos a construir uma meia água de 6.00 x 3.00( Seis metros por três) dezoito metros quadrado. Na cidade onde morávamos tinha várias serrarias, uma delas próxima de nossa casa, cada mês economisáva-mos o suficiente na comprar de material para a construção de nossa casa. Com três meses de economia compremos nove cepos, com mais quatro meses compramos os barrotes, com mais seis meses fechamos com tábuas as paredes, e com uma lona cobrimos a meia água e fomos morar nela. Sem ter que pagar mais o aluguel, nos deu condições de adquirir mais material e conseqüentemente melhorar com mais rapidez o término de nossa casa. Eu e Zelinda tivemos uma vida difícil sempre vivendo com dificuldade econômica, porem não nos lamentávamos por isso, o importante era a nossa convivência, o amor e o contentamento pelo pouco que possuímos e alegrávamos todas as vezes que colocávamos um sarrafo em nosso modesto lar, era motivo de alegria, fruto de nosso trabalho. Sentíamos felizes e admirávamos as melhorias feitas em nossa casa, A Deus louvamos o que recebia. As nossas orações sempre foram de agradecimento pelo alcançado, o Universo sempre apóia tudo o que falamos, escrevemos ou pensamos a nosso respeito e isso acabará manifestando-se na nossa vida como realidade. Enquanto afirmamos que tudo vai mal, a tendência é que as coisas fiquem piores ainda, pois o Universo da uma empurradinha, uma reforçada em nosso pensamento.
E assim o tempo passava cada mês era uma melhora em nosso modesto lar, só que muito longe da casa dos nossos sonhos, casa que havia prometido para a Zelinda. O tempo passava, a cidade aumentava conseqüentemente as propriedades valorizavam. Quando eu completei 35 anos de trabalho eu me aposentei, e a Zelinda também. Em um determinado dia agente parou para pensar, e lembrar do passado, comentei com a Zelinda que nós íamos morrer sem poder realizar o nosso sonho, em morar em uma casa bonita como eu havia lhe prometido, uma jura de amor,conversa de quem esta apaixonado. Zelinda carinhosamente me falou que a nossa casa é simples, mas tem o cheiro de uma casa sofisticada, e o que vale é o nosso amor, criamos todos os nossos filhos nela, nos protegeu das intempéries as vezes até mesma violenta, nem por isso se rompeu as estruturas frágeis, suportando e dando guarida e proteção a nossa família. Agradeci a Zelinda pela sua compreensão beijado suas mãos e ela correspondeu beijando-me no rosto, só não foi na boca porque estávamos jantando.
Se bem me lembro era em um sábado, depois de termos conversado o suficiente sobre os nossos quatro filhos, todos morando longe e que graças a Deus todos trabalhando e com saúde, resolvemos passear em uma localidade perto de nossa cidade 18 kilômetros distante, um lugar muito lindo onde foi construído uma vila somente de casa de luxo de alto padrão, terreno grande jardim florido e grama abundante, cercada com árvores belas com seus galhos enfeitadas com passarinhos de toda espécies, um pedaço do paraíso, cada vez que nós passavas-mo por este condomínio ficávamos admirado de ver tanta beleza e tranqüilidade, sonho de muita gente de morar em uma casa igual a que os nossos olhos avistava, mas nos restava somente olhar, admirar e nada mais. Um dia cheguei a dizer para a Zelinda, se o paraíso fosse igual a este lugar de Salto Osório, e nos merecêssemos a morar nele, já estava de bom tamanho. Quando nós trafegávamos-mos pelas ruas de Salto Osório, eu vi um senhor lavando um carro na garagem em uma desta luxuosa casa, e a minha curiosidade era tanto que resolvi perguntar-lhe o valor de uma casa destas, o Senhor Alexandre este era o seu nome, educadamente antes de dizer o valor me convidou em conhecer a casa por dentro, após ter apresentado sua esposa Katia e seu filho Conrrado, por sinal uma linda família. encabulado eu aceitei o seu convite, só assim eu completava a minha curiosidade de conhecer a casa por dentro e por fora, perguntei ao Alexandre se eu podia convidar a minha esposa que se encontrava no outro lado da rua, queri repartir com ela a oportunidade de penetrar no recinto da quela luxuosa casa, ele o proprietário prontamente disse que sim. A Zelinda meio encabulada não queria entrar, isto porque não estava bem vestida isto foi o que ela comentou, mas com a minha existência aceitou e entramos naquela linda casa, cada peça que entrávamos os nossos olhos brilhava, tudo era como agente gostaria de morar, mas em outra encarnação se caso exista. Ao nos despedir agradecendo a sua cordialidade. Alexandre antes de partirmos comentou que devido os trabalhos dele e de sua esposa pretendiam morar na cidade, uma troca de casa para eles seria importante, foi ai que eu disse para o Alexandre se eu tivesse uma casa melhor eu até faria uma proposta, Alexandre perguntou onde era a nossa casa, prontamente lhe forneci o endereço, e no espaço de 24 horas recebi a visita dos casal querendo olhar a nossa modesta e acanhada casa equiparando com a luxuosa moradia do casal Alexandre a comparação era muito desigual. Após termos conduzido o casal em todas as repartições da casa e averiguado o terreno em toda a sua dimensão, nos reunimos na sombra de uma árvore frutifica no fundo do terreno, onde o Senhor Alexandre me propôs uma volta de 50.000.00 (cinqüenta mil reais). No mesmo espaço de tempo sem usar vírgula ou pontuações, respeitosamente a eles transmiti a inviabilidade de voltar tamanha quantia, para nós era muito dinheiro, com toda a minha sinceridade lhe respondi, quisera eu ter este dinheiro, voltaria com todo o gosto, pois a sua casa é realmente a casa que eu sempre sonhei em oferecer a minha esposa e terminar os dias que nos resta confortavelmente acomodados, infelizmente não podemos concluir a tramitação do negócio sinto muito. Eu não levei como decepção porque seria impossível a conclusão do negócio devido as dividas por poções.
Alexandre e sua esposa se despediram e foram embora, e nós eu e Zelinda ficamos nos lamentando de não ter o dinheiro para dar de volta. Era a casa do sonho não só de nós, mas de muita gente amantes da natureza. No próximo dia recebemos a visita novamente do casal Alexandre que veio para fechar o negócio da troca de mano. Eu não estava acreditando no que estava ouvindo. Hoje moramos na casa de nosso sonho a casa do jeitinho que sonhei em um dia dar a Zelinda. Esperamos e pedimos para Deus que eles sejam felizes assim como fomos em nossa humilde porem sagrada casinha. Obrigado Deus por tudo valeu, com a sua ajuda recuperamos por baixo uns dez anos de vida, sem contar o que nos resta, é um bom tempo para desfrutar deste pequeno Paraíso
Quero deixar uma linda mensagem que me acompanha há muito tempo, não sei quem escreveu, só posso adiantar que achei entre meio de meus rascunhosengavetado entre folhas já amarelada pelo tempo, valeu para mim e muito, espero
que possa servir também para alguém como esperança e fé.
Rocha Um homem estava dormindo a noite no interior quando, de repente, sua casa encheu de luz e o Senhor apareceu. O Senhor disse ao homem que ele tinha um trabalho para ele e mostrou uma rocha enorme na frente da sua casa. O Senhor explicou que o homem deveria empurrar a rocha com toda sua força.
Isso o home começou a fazer, dia após dia. Por meses o homem se esforçou do amanhecer até o por do sol, seus ombros empurrando a superfície da rocha enorme e fria, mas a rocha não mudava.
Cada noite o homem retornava a sua casa, cansado, músculos doendo e sentindo derrotado porque não havia conseguido mudar a grande rocha. Vendo que o homem estava mostrando sinais de desistir, O Maligno começou a colocar pensamentos negativos na cabeça dele. De repente o homem se achou pensando "Você está tentando ha muitos meses mudar essa rocha e nunca conseguiu nada. Para que você está se desgastando? Isso aí não dará resultado nenhum."
Mais tarde o homem começou a duvidar assim "Será que Deus queria que eu continuasse esse tempo todo? Ele só disse para eu empurrar a rocha, ele não disse por quanto tempo. Já faz alguns anos que estou empurrando, talvez eu possa desistir agora. Pelo menos, eu não preciso empurrar o dia todo e com tanta força. Eu posso me dedicar uma parte do dia a este trabalho e passar o resto fazendo outras coisas."
Ele decidiu fazer isso mesmo, mas depois ele chegou a pensar que seria bom orar ao Senhor sobre o caso.
"Senhor," ele falou, "eu trabalhei duro e por muito tempo no serviço que o Senhor me deu. Eu dei toda minha força para conseguir o que o Senhor quis. Mas, depois desse tempo todo ainda não consegui mudar aquela rocha nenhum centímetro. O que está errado? Por que eu estou sendo derrotado?"
O Senhor respondeu com compaixão. "Meu amigo, quando eu lhe pedi para me servir e você aceitou, eu lhe disse que sua tarefa era de empurrar aquela rocha com toda sua força, o que você fez até agora. Em nenhum momento eu disse que eu esperava que você mudasse a rocha. Sua tarefa era de empurrar. E agora você chega para mim pensando que você fracassou. Mas, será que foi assim, mesmo?"
"Olhe para você mesmo," disse o Senhor. "Seus braços estão fortes e musculosos. A musculatura das suas costas agora é bem desenvolvida e vigorosa. Suas pernas estão duras e robustas, suas mãos firmes. Enfrentando a resistência você cresceu muito e agora suas habilidades ultrapassaram em muito que você era antes.
Mas, você ainda não mudou a rocha. Porém, sua tarefa não era de mudar a rocha e sim de ser obediente e empurrar com toda sua força. Isso você fez, e fez bem. Ao contrário de ser um fracasso você foi bem sucedido e venceu. Eu apenas queria que você exercitasse sua fé e confiasse na minha sabedoria. Isso você fez. "Eu, meu filho, agora vou mudar a rocha."
Às vezes quando ouvimos uma palavra de Deus queremos usar nosso próprio raciocínio para decidir o que Ele quer, quando, o que Deus realmente quer é apenas uma simples obediência e fé nele. Com certeza, devemos ter a fé que pode mover montanhas, mas lembrar ainda que quem de fato move as montanhas é Deus. Leia com bastante atenção esta mensagem, valeu e vale ainda para mim, e poderá valer para você também, só espero que esteja aplicando já a muito tempo este conceito. Um abraço e muitas felicidades de seu amigo Antonio e Zelinda Monteiro.
PRESTE MUITA ATENÇÃO NESTE RECADO, E APLIQUE EM SUA VIDA!
Quando alguém lhe der um galho de espinhos, ao invés de se zangar e jogá-lo fora, plante-o no jardim de sua vida e cultive com muito carinho.
Porém, quando nascerem às rosas, não se esqueça de mandar uma para esse alguém, afinal, foi ele quem lhe mandou a muda...
Quando alguém lhe der ponta-pé, ao invés de ficar com raiva e revidar o golpe, de um sorriso a esse alguém e lembre-se de que você ficou um passo à frente na caminhada da vida...
Quando alguém lhe cuspir no rosto, não queira fazer da vingança a sua resposta, porém lembre-se de que um pouco de água e sabão lhe deixarão a face mais limpa que antes enquanto quem lhe cuspiu desperdiçou um pouco de saliva, o que atuaria beneficamente em sua digestão...
Quando, por fim, disserem todo o mal de você, buscando tirar a sua paz, pare... respire fundo... conte mentalmente até três... e distribua um enorme sorriso, consciente de que fez todo o esforço que lhe foi possível para, com sua ação na caminhada, fazer o mundo melhor...
Afinal, quanto mais ganharia a humanidade se, ao invés de ódios, distribuísse sorrisos?
Author desconhecido: Esta mensagem foi presente de minha mãe que faleceu com noventa anos, lúcida de memória, presente que ganhei de aniversário no dia 25 de Novembro
Autor desconhecido
Historiador: Antonio Monteiro Da Silva

domingo, 6 de fevereiro de 2011

HOMENAGEM A UM GRANDEHOMEM

No dia 15 de abril faleceu em Cascavel aos 85 anos, vítima de falência múltipla de órgãos, Mariano Siejka. Mariano era um dos fundadores e presidente por três gestões da Sociedade Polonesa. Um GRANDE incentivador da cultura, com o seu violino faziam brotar lágrimas nos olhos dos jovens e dos mais idosos, onde ele estava também ao seu lado não faltava o seu companheiro inseparável o seu violino companheiro predileto, instrumento musical de sua alma. Era um grande violinista. Todos os seus amigos e parentes sentiram muito a sua morte. Quedas do Iguaçu não só perdeu um amigo, como também um grande e desbravador pioneiro, ficamos realmente empobrecidos com a falta dele, apesar de sua idade mesmo assim nunca deixou de participar dos assuntos da sociedade polonesa, com a sua vasta experiência incentiva tudo o que fosse de interesse do município e da cultura, dando a idéias maravilhosas para o bem da sociedade e da nossa cultura. Com esta grande perca, abriu-se uma lacuna muito grande, pois, temos certeza que esta perda fica insubstituível. (Mariano Siejka foi um guerreiro, desbravador. Natural de São Luis Gonzaga, do Rio Grande do Sul, cheou em Quedas do Iguaçu, no ano de 1941 aonde criou sua família e marcou com muita honra o seu território dando um grande exemplo de bondade, honestidade e honradez. Foi vereador, presidente da câmara, fundador e presidente do Sindicato Patronal dos Trabalhadores Rural, ajudou a construir Quedas do Iguaçu. Na política foi atuante, honesto e leal com seus companheiros. Ao onde seu Mariano estiver, estará torcendo pelo bem estar de sua gente e de sua terra Mariano Siejka estará sempre olhando e torcendo por nós aqui na terra para continuar a construir na terra que ele tanto amou. Conte conosco amigo vamos continuar a realizar os seus sonhos que tanto e sempre almejou.
Antonio Monteiro da silva
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HOMENAGEM A UM GRANDE PIONEIRO

O GRANDE PROFESSOR JOÃO SOBCZAK

João Sobczak, professor aposentado, residente e domiciliado em Quedas do Iguaçu, estado do Paraná, nasceu no dia 08 de fevereiro de 1921em Gaurama município de Erexim, estado do Rio Grande do Sul, casado com a Sra. Gabriela Soczak.
iniciou os seus primeiros estudos primários na Escola Particular denominada “Alto Caçador”, situada no distrito de Barro e a 7 Km distante da residência de seus pais, sendo o seu 1º professor naquela época o Sr. Boleslau Zamecki (já falecido). Em 1929 passou a freqüentar a escola sob a denominação “JUVENTUDE”, localizada na Linha 4ª seção Barro e que distava a 4 km da residência dos seus pais. O professor regente naquela escola foi o Sr. Vitoldo Milkiewicz (já falecido), com esse professor concluíu a 2ª série primária. No ano de 1930 foi designada para a Escola da Juventude a professora Sra. Leocádia Lipniarski Samojeden (também já falecida) e a qual lecionou por muitos anos e era nomeada pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, com essa professora João Sobczak estudou até o ano de 1933, onde concluiu a 5ª série e por dois anos fui auxiliar de classe da mesma. Posteriormente no ano de 1934 passou para freqüentar aulas no grupo escolar do Distrito de Barro, hoje cidade de GAURAMA, onde o professor titular foi o Sr. Boleslau Wencelewski (já falecido) era estrangeiro vindo da Polônia, professor competente e o qual me confiaram como seu auxiliar para dar aulas aos alunos da 1ª e 2ª série que eram em média de 30 a 35 alunos, porém sempre sob a vigilância do mesmo foi seu auxiliar por 03 anos e a tarde continuava os seus estudos.
No ano de 1936 com apenas 15 anos de idade foi convidado por uma comunidade para exercer o cargo de professor, a princípio hesitou e tive receio em assumir a responsabilidade, pois jovem ainda não tinha muita coragem, mas, consultou aos seus ex-professores se poderia ocupar o cargo no magistério, obtive dos mesmos a resposta positiva que muito me animou, assim dei início aceitando o convite formulado. No dia 10 de março do ano de 1936 foi apresentado ao Sr. Prefeito Municipal de Erexim e esse marcou então para o dia 15 do mesmo mês para que fosse submetido ao exame de suficiência para poder assumir o cargo. Feitas as provas nas quais alcançou excelente nota de aprovação imediatamente foi nomeado para exercer o cargo em uma escola localizada no distrito de Vila Áurea, município de Erexim, ai lecionou dois anos, depois pediu transferência para o distrito de Marcelino Ramos, onde lecionou por mais dois anos e finalmente voltou para o distrito de Barro, em Gaurama onde passou a lecionar por cinco anos em dois períodos pela manhã na escola “Juventude” e a tarde em “Alto Caçador”, escolas essas das quais fui aluno e depois professor por um período de 5 anos. Em 1938 quis ingressar voluntariamente nas fileiras do exército, mas, devido à oposição dos meus pais deixei de ingressar e continuei no magistério porque minha vocação era sempre a de educar para o que tive muito amor e carinho.
Aos 06 dias do mês de março de 1943 com a idade de 22 anos contraiu enlace matrimonial com a jovem Gabriela Regmunt com 19 anos, filha de Estanislau e Jadwiga Regmunt .
No mês de fevereiro de 1945, João Sobczak resolveu com sua esposa de se mudar de residência e, ao analisar onde poderia ser o lugar de melhor futuro escolheu o Estado do Paraná, começando por Virmond, Laranjeiras do Sul e finalmente fixamos definitivamente em Campo Novo – hoje Quedas do Iguaçu. No dia 15 de fevereiro de 1945 embarcou na estação de Barro no trem com destino à Ponta Grossa, essa viagem durou cerca de 30 horas. Chegou a Ponta Grossa ai permaneceram por três dias que devido ao mau tempo não podiam seguir viagem para frente, no 4º dia seguimos de ônibus até Prudentópulis ai param por mais dois dias não tendo condições de prosseguir viagem. Para continuar a viagem até Guarapuava tiveram que contratar um carroceiro que lhes conduziram levando dois dias de Prudentópulis a Guarapuava ai permaneceram por mais dois dias seguindo depois de ônibus para Laranjeiras, partiram as 07:00 horas de Guarapuava para chegar as 16:00 horas em Virmond onde param, ali residia o seu irmão mais velho da família de sua esposa. Chegando à residência do mesmo precisou descansar por alguns dias para depois dar início a procura de emprego, pois ele era totalmente desconhecido no lugar e não foi fácil para João Sobczak conseguir arrumar serviço.
De Virmond dirigiu para Laranjeiras, quando naquele tempo foi a Capital Federal do Território Federal do Iguaçu – extinto posteriormente. Chegando a essa capital se apresentou no Palácio do Governo e encontrou o funcionário Sr. Eugênio Sganzerla que respondia pela parte da educação e que era conhecido dele em Gaurama – Rs., o mesmo deu-lhe a resposta que o quadro do magistério já havia sido lotado e que precisaria aguardar nova oportunidade para poder abrir novas vagas. Assim o professor João foi obrigado a procurar outro ramo de vida e emprego. Sem ter nenhum pistolão que pudesse algo de lhe ajudar e, depois de muito vira e mexe, começou a trabalhar como moleiro em um moinho próximo a cidade, depois mais em uma obra de construção de uma marcenaria, posteriormente novamente no moleiro, circuleiro em uma serraria e finalmente como capataz em uma fazendola a 10 km distante da cidade e que mais cuidava dessa direção foi a minha esposa e eu trabalhava em dias alternados em um escritório na cidade, e, assim foram levando a vida até que um dia alcançaram o êxito desejado.
Em 1946 foi extinto o Território Federal do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, assim como toda a região voltou a permanecer ao Estado do Paraná.
Campo Novo antiga colônia “JAGODA” distante a 80 Km de Laranjeiras do Sul só havia estrada velha e muito mal conservada, não tinha professores e os moradores de Jagoda era muitos conhecidos do professor João ainda dos tempos do Rio Grande do Sul, souberam de que o professor João se encontrava residindo em Laranjeiras, vieram a sua procura para que ele viesse a essa Vila e assumir o cargo de professor. Depois de muita insistência e os apelos dos mesmos, professor João pediu que fossem pedir ao Sr. Prefeito de Laranjeiras do Sul que naquela época respondia interinamente o Sr. Antonio Silvério de Araújo (já falecido) para que o mesmo nomeasse o Sr. João Sobczak para essa localidade como professor. O Sr. Prefeito ciente do pedido formulado convidou o professor João que comparecesse a Prefeitura para tratar do assunto, apresentou ao mesmo e como ele não possuía o Diploma de Professor Normalista, foi preciso ser submetido ao “Exame de Suficiência” para poder ser admitido ao magistério. O Senhor Prefeito pessoa que era muito gentil e bondosa, requereu a Secretaria de Educação e Cultura de Curitiba para que nomeasse uma banca examinadora para que fosse submetido a prova de exame. Dentro de 06 dias a Secretaria da Educação nomeava uma banca composta de 05 professoras, sendo 02 vindas de Curitiba e 03 do Grupo Escolar de Laranjeiras do Sul. Submetido ao exame por três dias o professor João teve a felicidade de atingir a média excelente e ótima alcançando o grau de 9,6. A banda examinadora expediu-me o certificado de habilitação, achando-me competente e o encaminhou ao Sr. Prefeito para apreciação e devida decisão. Depois do Sr. Prefeito ter analisado achou absolutamente competente, encaminhou os resultados para a Secretaria da Educação e Cultura, pedindo a mesmo que na medida do possível fosse concedido a admissão do professor no quadro de professores estaduais e, enquanto isso o Sr. Prefeito conferiu uma nomeação provisória expedida pela Prefeitura de Laranjeiras do Sul até que fosse solucionada a situação pela Secretaria da Educação e Cultura, e, deveria dar início as aulas em fevereiro de 1947.
A Secretaria da Educação analisando os resultados alcançados no exame de suficiência e achando que seria competente a admissão para o magistério estadual, assim que no dia 1º de março de 1947 expediu a Portaria de n.º 2.729/47 a qual admitia o professor pelo estado para reger a Escola Isolada de Campo Novo no município de Laranjeiras do Sul, a referida portaria foi assinada pelo então Secretário de Educação Dr. Pedroso e a mesma foram sancionados pelo Exmo. Senhor Governador do Estado Moisés Lupion em 20 de dezembro de 1947 com vigência de 1º/03/47. O Senhor Prefeito foi cientificado da nomeação do professor João e mandou que desse início as aulas no dia 15 de março de 1947.
Tendo já autorizado pelo Senhor Prefeito de Laranjeiras do Sul, para dirigir a Campo Novo e dar início a abertura das aulas. Em meados de Fevereiro de 1947 o professor mudou-se para Campo Novo, veio para cá com a carroça do Sr. Francisco Rozentalski e a viagem demorou dois dias devido as péssimas condições em que se encontrava a estrada que dava acesso a Campo Novo. Professor chegou aqui no dia 18 de Fevereiro e a casa onde o professor João com a sua família deveria ocupar para residência era de propriedade da antiga Cia. Agrícola e Industrial do Iguaçu e era ocupada por um funcionário da mesma em que demorou em desocupá-la por mais de três meses, e assim ficamos encostados residindo com a família do falecido Francisco Rozentalski, até posterior ocupação da cada para nós destinada.
Quando os moradores souberam de que o professor João Sobczak já se encontrava em Campo Novo comparecera para cumprimentar-lhe e dar boas vindas e desejando sucesso no magistério e pedindo que os pedidos que faziam fossem para que aqui permanecesse por muitos anos e que com a graça de Deus segundo as suas palavras, permaneci dando aulas por longo período de tempo durante 31 anos do meio desta comunidade.
O prédio para funcionamento da escola era de propriedade da Cia. Agrícola e Industrial do Iguaçu e apesar de ser amplo, porém tudo em péssimas condições, não existia nenhuma janela envidraçada, paredes todas de madeira serrada bruta sem pinturas, o mobiliário existente dentro também era todo da referida Companhia, as carteiras em média de 35, todas feitas de tábuas maciças e pesadas e as quais acomodavam entre 3 a 4 alunos cada, o quadro de giz era grande também feito de tábuas maciças, mesa do professor tudo em péssimo estado de conservação o que foi preciso muito trabalho para reorganizar. Do material didático nada existia a não ser um livro de matrícula e assim o professor João tive que enfrentar por alguns anos até que em 1952 o Governo do Estado construiu uma casa própria para a escola localizada ao lado da Igreja Matriz com duas salas de aula e no meio um pavilhão para recreio em cada sala acomodava-se cerca de 40 a 45 alunos, mas até o ano de 1958 não tinha mais professores e era o professor João sozinho que dava as aulas.
A primeira matrícula em 1947 no mês de fevereiro atingiu a média de 100 alunos divididos em 4º séries e ficaram sem matrícula aproximadamente mais uns 40 alunos por falta de espaço na escola e falta de professor. Para poder atender os alunos matriculados tive que dar aulas em vez de 4 horas diárias, dava 6 horas sem receber recompensa alguma a mais pois, era impossível atender toda turma nas 4 horas, porém ele fazia tudo isso com o maior carinho e amor.
Quando no primeiro dia de aula, no dia 1º de março de 1947 reuniam-se no pátio todos os alunos recebiam-se com sorrisos e o professor João ao cumprimentá-los pedia aos mesmos que o que esperavam aqui, então os mesmos aos gritos respondiam queremos professor para estudar, essa foi a maior alegria do professor João. Muitos dos alunos vinham acompanhados de seus pais que os traziam pela 1ª vez a escola e também muitos em média de mais ou menos 25% não sabiam falar o português, que a começo tornou-se bastante trabalhosa para poder acostumá-los até que apreendessem a falar o português, o professor João não teve muita dificuldade nesta parte porque descendo de polonês e falo o polonês, isso tudo ajudou o sábio mestre a ensiná-los o idioma nacional, os pais dos alunos davam todo o apoio e pediam se um de seus filhos por ventura viesse a praticar alguma desordem ou não cumprissem com os deveres poderiam ser repreendido, eles queriam que seus filhos estudassem.
Os primeiros anos foram de muitas lutas e dificuldades, não existia material didático para o bom andamento das aulas era preciso tocar o barco com o pouco que tinha e nem da Inspetoria de Laranjeiras do Sul nada se conseguia, pois lá também estava vazio. Para dirigir-se até Laranjeiras eram precisos gastar entre quatro a cinco dias se o tempo ajudava, pois somente o lombo a cavalo ou de carroça é que o professor João e seus colegas poderiam viajar, outro meio de locomoção nada existia e a cada 60 dias o professor era obrigado a apresentar-se na Inspetoria para preencher as formalidades do andamento da escola. O material didático onde se podia conseguir era a cidade mais próxima de Guarapuava ou Ponta Grossa, onde aos poucos os comerciantes daqui se dirigiam e na medida do possível conseguiam comprá-los para depois vender aos alunos, durante os 5 primeiros anos, nunca houve menos de 80 a 90 alunos sempre divididos em quatro séries. No ano de 1952 foram criadas as primeiras escolas no interior, como a Iguaçu I, Fazendinha, Linha Norte, Lajeado Bonito, Tapuí, Barra do Mato Queimado, Nova Itália e outras, assim diminui a freqüência dos alunos do interior, mas em compensação aumentava o número aqui na sede. Em 1958 foram nomeados para lecionarem os professores: Vitório Potulski e Lúcio Domanski, este mais tarde desistindo, mais com a criação da Casa Escolar de Campo Novo em 1960, vieram mais professores (as) como a Sra. Ana Ribeiro Jansen, Hilda Maria Badotti, Valério Piasecki, Nadir Sokolowicz e Marta Ubialli, foi obrigado a dividir o pavilhão existente formando mais uma sala de aula e passou a dar aulas em três períodos. O professor João Sobczak além de ser professor regente de classe foi nomeado pelo Inspetoria Regional de Ensino para responder pela Direção da Casa Escolar a qual exerceu até o ano de 1972 quando foi criado o Grupo Escolar TIRADENTES e passou então a direção para a Irmã Ana Klidzio e o professor João voltou como regente de classe dando aula para a 4ª série.
Ainda a princípio quando em 1947 assumiu a escola isolada de Campo Novo, sabia apenas de que foi admitido como professor Estadual, mas, não tinha recebido a sua portaria de nomeação e não sabiam quais eram os seus vencimentos, ficou assim por treze meses trabalhando sem saber o que ganhava e quando receberia o pagamento e quando se dirigiu a Laranjeiras do Sul, a informação que recebeu era que tivesse paciência que dentro de poucos dias seria tudo normalizado, mas os meses foram passando e nada. Para poder sobreviver o professor João Sobczak dava aulas noturnas 3 vezes por semana para 20 jovens que pagava Cr$ 10,00 por mês dando uma média de Cr$ 200,00 ao mês isso muito lhe ajudava.
Em outubro de 1947 foi eleito o 1º Prefeito de Laranjeiras do Sul, Sr. Alcindo Natel de Camargo, fiz reclamação ao mesmo o que respondeu que tivesse mais um pouco de paciência que quando em fevereiro de 1948 assumiria a Prefeitura iria a Curitiba e lá imediatamente desenrolaria o caso O Sr. Alcindo em fins de fevereiro de 1948 dirigiu-se a Curitiba e lá foi verificar o caso, onde para surpresa encontrou a portaria do professor João engavetada que solicitou por que razão não havia sido encaminhada para ele a resposta que obteve é que a Inspetoria de Laranjeiras nada havia pedido e por essa razão pensavam que o professor Joãoe não lecionava. De imediato o Sr. Alcindo retirou a portaria e imediatamente enviou ao professor e mandou que providenciasse todos os boletins mensais desde o início da aula de que fossem liberados os pagamentos atrasados. Feito isso dentro de 15 dias o professor recebeu todo o pagamento em atraso. O prefeito Alcindo Camargo que não mediu seus sacrifícios para normalizar a situação do caro professor João e de tantos outros que se encontravam nas mesmas condições.
O professor João Sobczak exerceu o cargo de magistério aqui em Quedas do Iguaçu, ex-Campo Novo durante 31 anos consecutivos. Até que finalmente no dia 13 de maio de 1977 pela resolução n.º 3573/77 do Decreto n.º 132, foi concedida a aposentadoria integral por tempo de serviço, visto ter sido computado mais 9 anos de serviços prestados ao magistério no município de Erexim no Estado do Rio Grande do Sul, o que totalizou 40 anos de serviço prestados no magistério. Apesar de sua idade avançada o professor João mostra em seu semblante a satisfação da realização de seu grande sonho de cumprir com sua missão vocacional que sempre dedicou com todo o amor e carinho no preparo dos frutos jovens para o bem da nossa querida Pátria Brasileira, e que muitos dos seus ex-alunos hoje já desempenham altos postos a nível administrativo, outros educacional, profissão liberal, etc., do que muito me orgulha em saber que esses jovens souberam aproveitar os primeiros conselhos do Professor João ministrados nos primeiros anos de seus estudos, ao falar o professor se enche de alegria e emoção.
Lamenta o nobre professor, no entanto quando hoje vejo professores (as) queixarem-se de que existem alunos que não cumprem com os seus deveres e que desobedecem e ainda os pais dão razão aos alunos seus filhos achando que os mestres é que são culpados quando precisam ensinar seus alunos para o bem e se esses forem chamados a atenção (o culpado é o professor (a) e não o aluno). Com toda sinceridade o professor o professor enfatiza afirmando que durante os seus longos anos de professor teve a felicidade de contar sempre com alunos obedientes e dedicados ao estudo e dos pais sempre tiveram o total apoio. Não compreende o professor que possa ser atribuído hoje essa lamentável falha. Comenta o professor que Gostaria se pudesse ser útil neste particular em poder ajudar algo, mas, creio que os conselhos que daria as crianças seriam totalmente inúteis, visto que as normas educacionais mudaram muito das anteriores e que devem ser obedecidas hoje de acordo com os novos currículos escolares.
O professor João Sobczak teve a felicidade de durante os seus 31 anos exercidos aqui em Quedas do Iguaçu, jamais sofrer repreensão alguma assim como também ser advertido pelos órgãos educacionais aos quais foi subordinado. Receberam, sim, muitos elogios de seus superiores pelo cumprimento dos seus deveres educacionais o que deixou muito feliz por tais atos.
Casado em 06 de março de 1943 com a jovem Gabriela Regmunt, deste matrimônio fomos agraciados com a graça de DEUS com três filhos, sendo: A 1ª filha de nome “Melane”, nascida aos 30 de novembro de 1943 em Barro, hoje Gaurama – RS. (Já casada). Em junho de 1949 nasceu o 2º filho que foi batizado com o nome de “Luiz” e o qual teve poucos meses de vida chegando a falecer em janeiro de 1950 aos sete meses de idade. Em 11 de maio de 1953 nasceu a 3º filha de nome “Clotilde” essa solteira. Luiz e Clotilde nasceram em Campo Novo, hoje Quedas do Iguaçu.
A filha Melanie é casada com o professor Vitório J. Potulski, esse enlace realizou-se no dia 17 de julho de 1965 aqui em Quedas do Iguaçu, deste matrimônio são agraciados com a Graça de DEUS com seis filhos de nomes: Antonio, Apolônia, Ângelo, Zélia, Marcos e Marília.
Trabalhamos com comércio de Livraria e Papelaria desde a data de 02 de janeiro de 1968 cuja razão social gira em nome de Gabriela Sobczak, e sob a minha gerencia. Trabalhamos todos unidos, genro e netos
Historiador: Antonio Monteiro da Silva.
Matéria fornecida pelo sempre lembrado Pedro alzides Giraldi


















HOMENAGEM A UM GRANDEHOMEM

No dia 15 de abril faleceu em Cascavel aos 85 anos, vítima de falência múltipla de órgãos, Mariano Siejka. Mariano era um dos fundadores e presidente por três gestões da Sociedade Polonesa. Um GRANDE incentivador da cultura, com o seu violino faziam brotar lágrimas nos olhos dos jovens e dos mais idosos, onde ele estava também ao seu lado não faltava o seu companheiro inseparável o seu violino companheiro predileto, instrumento musical de sua alma. Era um grande violinista. Todos os seus amigos e parentes sentiram muito a sua morte. Quedas do Iguaçu não só perdeu um amigo, como também um grande e desbravador pioneiro, ficamos realmente empobrecidos com a falta dele, apesar de sua idade mesmo assim nunca deixou de participar dos assuntos da sociedade polonesa, com a sua vasta experiência incentiva tudo o que fosse de interesse do município e da cultura, dando a idéias maravilhosas para o bem da sociedade e da nossa cultura. Com esta grande perca, abriu-se uma lacuna muito grande, pois, temos certeza que esta perda fica insubstituível. (Mariano Siejka foi um guerreiro, desbravador. Natural de São Luis Gonzaga, do Rio Grande do Sul, cheou em Quedas do Iguaçu, no ano de 1941 aonde criou sua família e marcou com muita honra o seu território dando um grande exemplo de bondade, honestidade e honradez. Foi vereador, presidente da câmara, fundador e presidente do Sindicato Patronal dos Trabalhadores Rural, ajudou a construir Quedas do Iguaçu. Na política foi atuante, honesto e leal com seus companheiros. Ao onde seu Mariano estiver, estará torcendo pelo bem estar de sua gente e de sua terra Mariano Siejka estará sempre olhando e torcendo por nós aqui na terra para continuar a construir na terra que ele tanto amou. Conte conosco amigo vamos continuar a realizar os seus sonhos que tanto e sempre almejou.
Antonio Monteiro da silva
1
DE PROFESSOR JOÃO SOBCZAK

João Sobczak, professor aposentado, residente e domiciliado em Quedas do Iguaçu, estado do Paraná, nasceu no dia 08 de fevereiro de 1921em Gaurama município de Erexim, estado do Rio Grande do Sul, casado com a Sra. Gabriela Soczak.
iniciou os seus primeiros estudos primários na Escola Particular denominada “Alto Caçador”, situada no distrito de Barro e a 7 Km distante da residência de seus pais, sendo o seu 1º professor naquela época o Sr. Boleslau Zamecki (já falecido). Em 1929 passou a freqüentar a escola sob a denominação “JUVENTUDE”, localizada na Linha 4ª seção Barro e que distava a 4 km da residência dos seus pais. O professor regente naquela escola foi o Sr. Vitoldo Milkiewicz (já falecido), com esse professor concluíu a 2ª série primária. No ano de 1930 foi designada para a Escola da Juventude a professora Sra. Leocádia Lipniarski Samojeden (também já falecida) e a qual lecionou por muitos anos e era nomeada pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, com essa professora João Sobczak estudou até o ano de 1933, onde concluiu a 5ª série e por dois anos fui auxiliar de classe da mesma. Posteriormente no ano de 1934 passou para freqüentar aulas no grupo escolar do Distrito de Barro, hoje cidade de GAURAMA, onde o professor titular foi o Sr. Boleslau Wencelewski (já falecido) era estrangeiro vindo da Polônia, professor competente e o qual me confiaram como seu auxiliar para dar aulas aos alunos da 1ª e 2ª série que eram em média de 30 a 35 alunos, porém sempre sob a vigilância do mesmo foi seu auxiliar por 03 anos e a tarde continuava os seus estudos.
No ano de 1936 com apenas 15 anos de idade foi convidado por uma comunidade para exercer o cargo de professor, a princípio hesitou e tive receio em assumir a responsabilidade, pois jovem ainda não tinha muita coragem, mas, consultou aos seus ex-professores se poderia ocupar o cargo no magistério, obtive dos mesmos a resposta positiva que muito me animou, assim dei início aceitando o convite formulado. No dia 10 de março do ano de 1936 foi apresentado ao Sr. Prefeito Municipal de Erexim e esse marcou então para o dia 15 do mesmo mês para que fosse submetido ao exame de suficiência para poder assumir o cargo. Feitas as provas nas quais alcançou excelente nota de aprovação imediatamente foi nomeado para exercer o cargo em uma escola localizada no distrito de Vila Áurea, município de Erexim, ai lecionou dois anos, depois pediu transferência para o distrito de Marcelino Ramos, onde lecionou por mais dois anos e finalmente voltou para o distrito de Barro, em Gaurama onde passou a lecionar por cinco anos em dois períodos pela manhã na escola “Juventude” e a tarde em “Alto Caçador”, escolas essas das quais fui aluno e depois professor por um período de 5 anos. Em 1938 quis ingressar voluntariamente nas fileiras do exército, mas, devido à oposição dos meus pais deixei de ingressar e continuei no magistério porque minha vocação era sempre a de educar para o que tive muito amor e carinho.
Aos 06 dias do mês de março de 1943 com a idade de 22 anos contraiu enlace matrimonial com a jovem Gabriela Regmunt com 19 anos, filha de Estanislau e Jadwiga Regmunt .
No mês de fevereiro de 1945, João Sobczak resolveu com sua esposa de se mudar de residência e, ao analisar onde poderia ser o lugar de melhor futuro escolheu o Estado do Paraná, começando por Virmond, Laranjeiras do Sul e finalmente fixamos definitivamente em Campo Novo – hoje Quedas do Iguaçu. No dia 15 de fevereiro de 1945 embarcou na estação de Barro no trem com destino à Ponta Grossa, essa viagem durou cerca de 30 horas. Chegou a Ponta Grossa ai permaneceram por três dias que devido ao mau tempo não podiam seguir viagem para frente, no 4º dia seguimos de ônibus até Prudentópulis ai param por mais dois dias não tendo condições de prosseguir viagem. Para continuar a viagem até Guarapuava tiveram que contratar um carroceiro que lhes conduziram levando dois dias de Prudentópulis a Guarapuava ai permaneceram por mais dois dias seguindo depois de ônibus para Laranjeiras, partiram as 07:00 horas de Guarapuava para chegar as 16:00 horas em Virmond onde param, ali residia o seu irmão mais velho da família de sua esposa. Chegando à residência do mesmo precisou descansar por alguns dias para depois dar início a procura de emprego, pois ele era totalmente desconhecido no lugar e não foi fácil para João Sobczak conseguir arrumar serviço.
De Virmond dirigiu para Laranjeiras, quando naquele tempo foi a Capital Federal do Território Federal do Iguaçu – extinto posteriormente. Chegando a essa capital se apresentou no Palácio do Governo e encontrou o funcionário Sr. Eugênio Sganzerla que respondia pela parte da educação e que era conhecido dele em Gaurama – Rs., o mesmo deu-lhe a resposta que o quadro do magistério já havia sido lotado e que precisaria aguardar nova oportunidade para poder abrir novas vagas. Assim o professor João foi obrigado a procurar outro ramo de vida e emprego. Sem ter nenhum pistolão que pudesse algo de lhe ajudar e, depois de muito vira e mexe, começou a trabalhar como moleiro em um moinho próximo a cidade, depois mais em uma obra de construção de uma marcenaria, posteriormente novamente no moleiro, circuleiro em uma serraria e finalmente como capataz em uma fazendola a 10 km distante da cidade e que mais cuidava dessa direção foi a minha esposa e eu trabalhava em dias alternados em um escritório na cidade, e, assim foram levando a vida até que um dia alcançaram o êxito desejado.
Em 1946 foi extinto o Território Federal do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, assim como toda a região voltou a permanecer ao Estado do Paraná.
Campo Novo antiga colônia “JAGODA” distante a 80 Km de Laranjeiras do Sul só havia estrada velha e muito mal conservada, não tinha professores e os moradores de Jagoda era muitos conhecidos do professor João ainda dos tempos do Rio Grande do Sul, souberam de que o professor João se encontrava residindo em Laranjeiras, vieram a sua procura para que ele viesse a essa Vila e assumir o cargo de professor. Depois de muita insistência e os apelos dos mesmos, professor João pediu que fossem pedir ao Sr. Prefeito de Laranjeiras do Sul que naquela época respondia interinamente o Sr. Antonio Silvério de Araújo (já falecido) para que o mesmo nomeasse o Sr. João Sobczak para essa localidade como professor. O Sr. Prefeito ciente do pedido formulado convidou o professor João que comparecesse a Prefeitura para tratar do assunto, apresentou ao mesmo e como ele não possuía o Diploma de Professor Normalista, foi preciso ser submetido ao “Exame de Suficiência” para poder ser admitido ao magistério. O Senhor Prefeito pessoa que era muito gentil e bondosa, requereu a Secretaria de Educação e Cultura de Curitiba para que nomeasse uma banca examinadora para que fosse submetido a prova de exame. Dentro de 06 dias a Secretaria da Educação nomeava uma banca composta de 05 professoras, sendo 02 vindas de Curitiba e 03 do Grupo Escolar de Laranjeiras do Sul. Submetido ao exame por três dias o professor João teve a felicidade de atingir a média excelente e ótima alcançando o grau de 9,6. A banda examinadora expediu-me o certificado de habilitação, achando-me competente e o encaminhou ao Sr. Prefeito para apreciação e devida decisão. Depois do Sr. Prefeito ter analisado achou absolutamente competente, encaminhou os resultados para a Secretaria da Educação e Cultura, pedindo a mesmo que na medida do possível fosse concedido a admissão do professor no quadro de professores estaduais e, enquanto isso o Sr. Prefeito conferiu uma nomeação provisória expedida pela Prefeitura de Laranjeiras do Sul até que fosse solucionada a situação pela Secretaria da Educação e Cultura, e, deveria dar início as aulas em fevereiro de 1947.
A Secretaria da Educação analisando os resultados alcançados no exame de suficiência e achando que seria competente a admissão para o magistério estadual, assim que no dia 1º de março de 1947 expediu a Portaria de n.º 2.729/47 a qual admitia o professor pelo estado para reger a Escola Isolada de Campo Novo no município de Laranjeiras do Sul, a referida portaria foi assinada pelo então Secretário de Educação Dr. Pedroso e a mesma foram sancionados pelo Exmo. Senhor Governador do Estado Moisés Lupion em 20 de dezembro de 1947 com vigência de 1º/03/47. O Senhor Prefeito foi cientificado da nomeação do professor João e mandou que desse início as aulas no dia 15 de março de 1947.
Tendo já autorizado pelo Senhor Prefeito de Laranjeiras do Sul, para dirigir a Campo Novo e dar início a abertura das aulas. Em meados de Fevereiro de 1947 o professor mudou-se para Campo Novo, veio para cá com a carroça do Sr. Francisco Rozentalski e a viagem demorou dois dias devido as péssimas condições em que se encontrava a estrada que dava acesso a Campo Novo. Professor chegou aqui no dia 18 de Fevereiro e a casa onde o professor João com a sua família deveria ocupar para residência era de propriedade da antiga Cia. Agrícola e Industrial do Iguaçu e era ocupada por um funcionário da mesma em que demorou em desocupá-la por mais de três meses, e assim ficamos encostados residindo com a família do falecido Francisco Rozentalski, até posterior ocupação da cada para nós destinada.
Quando os moradores souberam de que o professor João Sobczak já se encontrava em Campo Novo comparecera para cumprimentar-lhe e dar boas vindas e desejando sucesso no magistério e pedindo que os pedidos que faziam fossem para que aqui permanecesse por muitos anos e que com a graça de Deus segundo as suas palavras, permaneci dando aulas por longo período de tempo durante 31 anos do meio desta comunidade.
O prédio para funcionamento da escola era de propriedade da Cia. Agrícola e Industrial do Iguaçu e apesar de ser amplo, porém tudo em péssimas condições, não existia nenhuma janela envidraçada, paredes todas de madeira serrada bruta sem pinturas, o mobiliário existente dentro também era todo da referida Companhia, as carteiras em média de 35, todas feitas de tábuas maciças e pesadas e as quais acomodavam entre 3 a 4 alunos cada, o quadro de giz era grande também feito de tábuas maciças, mesa do professor tudo em péssimo estado de conservação o que foi preciso muito trabalho para reorganizar. Do material didático nada existia a não ser um livro de matrícula e assim o professor João tive que enfrentar por alguns anos até que em 1952 o Governo do Estado construiu uma casa própria para a escola localizada ao lado da Igreja Matriz com duas salas de aula e no meio um pavilhão para recreio em cada sala acomodava-se cerca de 40 a 45 alunos, mas até o ano de 1958 não tinha mais professores e era o professor João sozinho que dava as aulas.
A primeira matrícula em 1947 no mês de fevereiro atingiu a média de 100 alunos divididos em 4º séries e ficaram sem matrícula aproximadamente mais uns 40 alunos por falta de espaço na escola e falta de professor. Para poder atender os alunos matriculados tive que dar aulas em vez de 4 horas diárias, dava 6 horas sem receber recompensa alguma a mais pois, era impossível atender toda turma nas 4 horas, porém ele fazia tudo isso com o maior carinho e amor.
Quando no primeiro dia de aula, no dia 1º de março de 1947 reuniam-se no pátio todos os alunos recebiam-se com sorrisos e o professor João ao cumprimentá-los pedia aos mesmos que o que esperavam aqui, então os mesmos aos gritos respondiam queremos professor para estudar, essa foi a maior alegria do professor João. Muitos dos alunos vinham acompanhados de seus pais que os traziam pela 1ª vez a escola e também muitos em média de mais ou menos 25% não sabiam falar o português, que a começo tornou-se bastante trabalhosa para poder acostumá-los até que apreendessem a falar o português, o professor João não teve muita dificuldade nesta parte porque descendo de polonês e falo o polonês, isso tudo ajudou o sábio mestre a ensiná-los o idioma nacional, os pais dos alunos davam todo o apoio e pediam se um de seus filhos por ventura viesse a praticar alguma desordem ou não cumprissem com os deveres poderiam ser repreendido, eles queriam que seus filhos estudassem.
Os primeiros anos foram de muitas lutas e dificuldades, não existia material didático para o bom andamento das aulas era preciso tocar o barco com o pouco que tinha e nem da Inspetoria de Laranjeiras do Sul nada se conseguia, pois lá também estava vazio. Para dirigir-se até Laranjeiras eram precisos gastar entre quatro a cinco dias se o tempo ajudava, pois somente o lombo a cavalo ou de carroça é que o professor João e seus colegas poderiam viajar, outro meio de locomoção nada existia e a cada 60 dias o professor era obrigado a apresentar-se na Inspetoria para preencher as formalidades do andamento da escola. O material didático onde se podia conseguir era a cidade mais próxima de Guarapuava ou Ponta Grossa, onde aos poucos os comerciantes daqui se dirigiam e na medida do possível conseguiam comprá-los para depois vender aos alunos, durante os 5 primeiros anos, nunca houve menos de 80 a 90 alunos sempre divididos em quatro séries. No ano de 1952 foram criadas as primeiras escolas no interior, como a Iguaçu I, Fazendinha, Linha Norte, Lajeado Bonito, Tapuí, Barra do Mato Queimado, Nova Itália e outras, assim diminui a freqüência dos alunos do interior, mas em compensação aumentava o número aqui na sede. Em 1958 foram nomeados para lecionarem os professores: Vitório Potulski e Lúcio Domanski, este mais tarde desistindo, mais com a criação da Casa Escolar de Campo Novo em 1960, vieram mais professores (as) como a Sra. Ana Ribeiro Jansen, Hilda Maria Badotti, Valério Piasecki, Nadir Sokolowicz e Marta Ubialli, foi obrigado a dividir o pavilhão existente formando mais uma sala de aula e passou a dar aulas em três períodos. O professor João Sobczak além de ser professor regente de classe foi nomeado pelo Inspetoria Regional de Ensino para responder pela Direção da Casa Escolar a qual exerceu até o ano de 1972 quando foi criado o Grupo Escolar TIRADENTES e passou então a direção para a Irmã Ana Klidzio e o professor João voltou como regente de classe dando aula para a 4ª série.
Ainda a princípio quando em 1947 assumiu a escola isolada de Campo Novo, sabia apenas de que foi admitido como professor Estadual, mas, não tinha recebido a sua portaria de nomeação e não sabiam quais eram os seus vencimentos, ficou assim por treze meses trabalhando sem saber o que ganhava e quando receberia o pagamento e quando se dirigiu a Laranjeiras do Sul, a informação que recebeu era que tivesse paciência que dentro de poucos dias seria tudo normalizado, mas os meses foram passando e nada. Para poder sobreviver o professor João Sobczak dava aulas noturnas 3 vezes por semana para 20 jovens que pagava Cr$ 10,00 por mês dando uma média de Cr$ 200,00 ao mês isso muito lhe ajudava.
Em outubro de 1947 foi eleito o 1º Prefeito de Laranjeiras do Sul, Sr. Alcindo Natel de Camargo, fiz reclamação ao mesmo o que respondeu que tivesse mais um pouco de paciência que quando em fevereiro de 1948 assumiria a Prefeitura iria a Curitiba e lá imediatamente desenrolaria o caso O Sr. Alcindo em fins de fevereiro de 1948 dirigiu-se a Curitiba e lá foi verificar o caso, onde para surpresa encontrou a portaria do professor João engavetada que solicitou por que razão não havia sido encaminhada para ele a resposta que obteve é que a Inspetoria de Laranjeiras nada havia pedido e por essa razão pensavam que o professor Joãoe não lecionava. De imediato o Sr. Alcindo retirou a portaria e imediatamente enviou ao professor e mandou que providenciasse todos os boletins mensais desde o início da aula de que fossem liberados os pagamentos atrasados. Feito isso dentro de 15 dias o professor recebeu todo o pagamento em atraso. O prefeito Alcindo Camargo que não mediu seus sacrifícios para normalizar a situação do caro professor João e de tantos outros que se encontravam nas mesmas condições.
O professor João Sobczak exerceu o cargo de magistério aqui em Quedas do Iguaçu, ex-Campo Novo durante 31 anos consecutivos. Até que finalmente no dia 13 de maio de 1977 pela resolução n.º 3573/77 do Decreto n.º 132, foi concedida a aposentadoria integral por tempo de serviço, visto ter sido computado mais 9 anos de serviços prestados ao magistério no município de Erexim no Estado do Rio Grande do Sul, o que totalizou 40 anos de serviço prestados no magistério. Apesar de sua idade avançada o professor João mostra em seu semblante a satisfação da realização de seu grande sonho de cumprir com sua missão vocacional que sempre dedicou com todo o amor e carinho no preparo dos frutos jovens para o bem da nossa querida Pátria Brasileira, e que muitos dos seus ex-alunos hoje já desempenham altos postos a nível administrativo, outros educacional, profissão liberal, etc., do que muito me orgulha em saber que esses jovens souberam aproveitar os primeiros conselhos do Professor João ministrados nos primeiros anos de seus estudos, ao falar o professor se enche de alegria e emoção.
Lamenta o nobre professor, no entanto quando hoje vejo professores (as) queixarem-se de que existem alunos que não cumprem com os seus deveres e que desobedecem e ainda os pais dão razão aos alunos seus filhos achando que os mestres é que são culpados quando precisam ensinar seus alunos para o bem e se esses forem chamados a atenção (o culpado é o professor (a) e não o aluno). Com toda sinceridade o professor o professor enfatiza afirmando que durante os seus longos anos de professor teve a felicidade de contar sempre com alunos obedientes e dedicados ao estudo e dos pais sempre tiveram o total apoio. Não compreende o professor que possa ser atribuído hoje essa lamentável falha. Comenta o professor que Gostaria se pudesse ser útil neste particular em poder ajudar algo, mas, creio que os conselhos que daria as crianças seriam totalmente inúteis, visto que as normas educacionais mudaram muito das anteriores e que devem ser obedecidas hoje de acordo com os novos currículos escolares.
O professor João Sobczak teve a felicidade de durante os seus 31 anos exercidos aqui em Quedas do Iguaçu, jamais sofrer repreensão alguma assim como também ser advertido pelos órgãos educacionais aos quais foi subordinado. Receberam, sim, muitos elogios de seus superiores pelo cumprimento dos seus deveres educacionais o que deixou muito feliz por tais atos.
Casado em 06 de março de 1943 com a jovem Gabriela Regmunt, deste matrimônio fomos agraciados com a graça de DEUS com três filhos, sendo: A 1ª filha de nome “Melane”, nascida aos 30 de novembro de 1943 em Barro, hoje Gaurama – RS. (Já casada). Em junho de 1949 nasceu o 2º filho que foi batizado com o nome de “Luiz” e o qual teve poucos meses de vida chegando a falecer em janeiro de 1950 aos sete meses de idade. Em 11 de maio de 1953 nasceu a 3º filha de nome “Clotilde” essa solteira. Luiz e Clotilde nasceram em Campo Novo, hoje Quedas do Iguaçu.
A filha Melanie é casada com o professor Vitório J. Potulski, esse enlace realizou-se no dia 17 de julho de 1965 aqui em Quedas do Iguaçu, deste matrimônio são agraciados com a Graça de DEUS com seis filhos de nomes: Antonio, Apolônia, Ângelo, Zélia, Marcos e Marília.
Trabalhamos com comércio de Livraria e Papelaria desde a data de 02 de janeiro de 1968 cuja razão social gira em nome de Gabriela Sobczak, e sob a minha gerencia. Trabalhamos todos unidos, genro e netos
Historiador: Antonio Monteiro da Silva.
Matéria fornecida pelo sempre lembrado Pedro alzides Giraldi